Extrema-direita perde espaço em eleições regionais da França
Em uma eleição marcada pela abstenção recorde, que variou entre 66% e 69%, os franceses causaram uma derrota para o partido de extrema-direita Reunião Nacional, de Marine Le Pen, e provocaram o ressurgimento da "direita moderada", representada pelo Os Republicanos, nas regionais disputadas neste domingo (20).
Outro derrotado do pleito regional foi a sigla do presidente do país, Emmanuel Macron, o A República em Marcha (LREM). Já o partido mais tradicional da centro-esquerda, o Partido Socialista, se manteve como terceira força nacional.
Em números, os conservadores conseguiram 29% dos votos, seguidos pelo Reunião (18,5% - contra os 27,7% de 2015), pelos socialistas (18%) e pelo LREM (10%). Já a abstenção recorde foi a maior já registrada para as eleições regionais desde em 2010, quando 53,67% dos eleitores não compareceram às urnas.
Em quase todas as 13 regiões, os vencedores ou os que vão disputar o segundo turno com as melhores chances são os atuais líderes locais.
Para Le Pen, a melhor chance de seu partido levar uma região é em Provença-Alpes-Costa Azul, onde as pesquisas de opinião apontavam para uma grande vitória, mas o candidato Thierry Mariani teve apenas 33% dos votos contra os 30% de Renaud Muselier, dos Republicanos.
Já Macron raramente vencerá em algum local, mesmo com coalizões.
Os dois líderes políticos são apontados como os principais concorrentes nas eleições presidenciais de 2022, mas mostram que estão enfraquecidos junto as eleitores.
Enquanto Macron evitou fazer juízo de valor dos resultados - que aliados definiram como "decepcionantes" -, Le Pen afirmou que o resultado ruim foi causado "porque nossos eleitores não foram votar".
O segundo turno das eleições regionais ocorre no próximo domingo (27) com todos os candidatos que conseguiram obter mais de 10% dos votos.
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