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Papa alerta que avós e idosos não são 'sobras' para jogar fora

Papa Francisco acena após conduzir a oração do Angelus de sua janela no Vaticano após uma cirurgia intestinal, no Vaticano - Remo Casilli/REUTERS
Papa Francisco acena após conduzir a oração do Angelus de sua janela no Vaticano após uma cirurgia intestinal, no Vaticano Imagem: Remo Casilli/REUTERS

25/07/2021 15h04

Apesar de não celebrar a missa do "Dia Mundial dos Avós e dos Idosos" na Basílica de São Pedro por estar recém-operado, o papa Francisco fez um alerta neste domingo (25) para o abandono dos mais velhos.

A mensagem foi lida pelo arcebispo Rino Fisichella, presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização, que presidiu a celebração. "Os avós e os idosos não são sobras da vida, desperdícios para jogar fora", advertiu Francisco.

No texto, o argentino apelou para uma "aliança de vida" entre jovens e idosos, para combater "os laços desfeitos, as solidões, o egoísmo e as forças desagregadoras". "Não percamos a memória de que os idosos são portadores, porque somos filhos dessa história e sem raízes murcharemos".

Francisco recordou também o olhar dos avós e idosos sobre a vida das crianças. "Depois de uma vida feita, muitas vezes de sacrifícios, não se mostraram indiferentes a nosso respeito nem apressados, sem nos ligar, mas tiveram olhos atentos, cheios de ternura".

"Que olhar temos para os avós e os idosos? Qual foi a última vez que fizemos companhia ou telefonamos a um idoso para o certificar da nossa proximidade e deixar-nos abençoar pelas suas palavras?", questionou.

O líder da Igreja Católica alertou para uma sociedade que "corre apressada e indiferente", transformada em uma "multidão anônima". "Os avós, que alimentaram a nossa vida, hoje têm fome de nós: da nossa atenção, da nossa ternura; de nos sentir ao pé deles".

O Papa renovou o seu pedido de que jovens e idosos se unam, os mais novos como "profetas do futuro" e os mais velhos como "sonhadores sempre incansáveis".

Por fim, o religioso falou deles como "pão que alimenta" a vida das famílias e da sociedade, defendendo um olhar agradecido por tudo o que fizeram.

"Eles guardaram no caminho do crescimento, agora cabe-nos a nós guardar a vida deles, aliviar as suas dificuldades, atender às suas necessidades, criar as condições para que possam ser facilitadas nas suas tarefas diárias e não se sintam sozinhos", concluiu. (ANSA)

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