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Boko Haram liberta estudante raptada há 7 anos na Nigéria

Em 2014, o Boko Haram sequestrou 270 meninas na Nigéria e acredita-se que grande parte se tornaram escravas sexuais - BBC
Em 2014, o Boko Haram sequestrou 270 meninas na Nigéria e acredita-se que grande parte se tornaram escravas sexuais Imagem: BBC

09/08/2021 10h25

Uma das estudantes raptadas em 2014 pelo grupo terrorista Boko Haram em Chibok, na Nigéria, foi libertada, informou o governador do estado de Borno, Babagana Umara Zulum neste domingo (9).

Segundo o político, a jovem Ruth Pogu conseguiu se apresentar às autoridades acompanhada por um homem, com quem se casou no esconderijo do grupo terrorista. Ela ainda relatou que teve dois filhos nesse período.

Zulum informou que a mulher se identificou em 28 de julho, mas que a notícia só foi divulgada agora para dar tempo dela se reencontrar com a família e de informar aos demais parentes das adolescentes raptadas.

As autoridades locais informaram que Pogu passará por um programa de reabilitação do governo, que conta com psicólogos e outros profissionais de saúde.

O sequestro das 270 meninas, que tinham entre de 12 e 17 anos, em 14 de abril de 2014, causou comoção mundial. A campanha #BringBackOurGirls (Tragam de volta nossas garotas, em tradução livre) chamou a atenção do mundo para o grave problema dos sequestros com fins terroristas na Nigéria.

Desde então, cerca de 100 meninas foram libertadas ou conseguiram fugir do grupo. Das que não conseguiram, algumas foram apontadas como mulheres-bomba em ataques, mas acredita-se que grande parte delas se tornaram escravas sexuais. O grupo terrorista começou a raptar estudantes porque considera a educação como um "pecado", mas também porque percebeu que era uma forma de conseguir dinheiro para financiar suas ações, já que eles entram em contato para pedir resgates financeiros.

Esse tipo de ação voltou a ser cometida com frequência desde o fim do ano passado, com cerca de mil meninos e meninas raptados no país. A maioria deles voltou para casa, mas muitos ainda permanecem nas mãos dos fundamentalistas. (ANSA).