Magnata pró-democracia de Hong Kong é condenado à prisão por organizar vigília
A Corte Distrital de Hong Kong condenou o magnata pró-democracia Jimmy Lai a 13 meses de prisão por ser um dos organizadores e incentivadores da vigília realizada em 2020 pelas vítimas do massacre da Praça da Paz Celestial (Praça Tiananmen), na China, anunciou o tribunal nesta segunda-feira (13).
Além de Lai, outros sete opositores chineses foram condenados com penas entre quatro e 14 meses de detenção por "organizar, participar ou incentivar" da manifestação de 4 de junho do ano passado.
Entre os punidos, estão o advogado de direitos humanos Chow Hang-tung, os ex-deputados Leung Yiu-Chung e Wu Chi-wai e a ativista Gwyneth Ho.
A vigília era organizada anualmente desde 1990 e lembrava do massacre ocorrido um ano antes que, até hoje, não tem o número de vítimas conhecido — alguns falam em centenas, outros em milhares.
No entanto, em 2020 e também em 2021, as autoridades locais vetaram a manifestação por conta das regras sanitárias anti-Covid. Mas, os ativistas viram as proibições como mais uma forma da China de impedir protestos contra o governo de Pequim.
Ao todo, 24 pessoas já foram processadas por conta da vigília.
Lai já estava preso por conta de seu apoio a outros atos públicos não autorizados pelo governo e, por meio de uma carta divulgada por seu advogado, Robert Pang, afirmou que "se celebrar aqueles que foram mortos pela Justiça é um crime, então me punam por isso e deixem-se compartilhar o peso da glória daqueles jovens homens e mulheres que deram seu sangue em 4 de junho de 1989".
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