Itália: Policiais que não se vacinaram contra covid terão salários suspensos
A partir desta quarta-feira (15), policiais que não tiverem se vacinado contra a Covid-19 na Itália serão afastados do trabalho, terão o salário suspenso e ficarão sem seus distintivos e suas armas.
As regras estão em uma circular publicada nesta terça (14) pelo chefe da Polícia de Estado do país, Lamberto Giannini. A obrigatoriedade diz respeito ao ciclo vacinal primário - com as duas doses de AstraZeneca, Moderna ou Pfizer ou a dose única da Janssen - e também à dose de reforço, que já está disponível para todos os adultos.
A circular determina que já nesta quarta os chefes das repartições da Polícia de Estado façam uma verificação sobre o status de vacinação de todos os funcionários. Caso não tenha se imunizado, o policial terá cinco dias para comprovar o agendamento da vacinação e, enquanto aguarda a conclusão do ciclo, poderá continuar trabalhando mediante realização de PCR.
Se o agente se recusar a tomar a vacina, a Polícia de Estado vai considerá-lo como ausente sem justificativa e determinar sua suspensão do trabalho por até seis meses. Nesse período - ou enquanto não se vacinar -, o policial não receberá salário e terá revogados seu distintivo, suas armas e suas algemas.
Exercer a função de policial sem autorização comportará multas de 600 a 1,5 mil euros (entre R$ 3,8 mil e R$ 9,6 mil), enquanto delegados que não fiscalizarem suas equipes poderão ser punidos com sanções de 400 a mil euros (R$ 2,5 mil a R$ 6,4 mil).
"Esperamos que isso dê um novo impulso à campanha [de vacinação]", disse nesta terça a ministra italiana do Interior, Luciana Lamorgese. Além de policiais, funcionários de escolas também serão obrigados a se vacinar, medida que já atinge profissionais da saúde.
Atualmente, 77% da população italiana já concluiu o primeiro ciclo de imunização, mas o governo quer aumentar esse índice para conter a atual tendência de alta nos casos de Covid e minimizar eventuais efeitos da disseminação da variante Ômicron.
Pessoas não vacinadas já estão proibidas de entrar em locais como eventos esportivos, shows, festas e áreas cobertas de bares e restaurantes, e o governo exige certificado de imunização, cura ou exame negativo em todos os locais de trabalho.
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