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Rússia x Ucrânia: Alemanha suspende autorização de gasoduto russo

7 jan. 2022 - Estação de recebimento de gás do gasoduto Nord Stream 2, em Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, Lubmin, Alemanha - Stefan Sauer/picture aliança via Getty Images
7 jan. 2022 - Estação de recebimento de gás do gasoduto Nord Stream 2, em Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, Lubmin, Alemanha Imagem: Stefan Sauer/picture aliança via Getty Images

22/02/2022 08h35Atualizada em 22/02/2022 12h53

A Alemanha anunciou a suspensão do acordo para a implementação do gasoduto russo Nord Stream 2 nesta terça-feira (22). A estrutura passa pelo território alemão até Berlim e dobraria o fornecimento de gás para a Europa.

Segundo o chanceler alemão, Olaf Scholz, seu governo pediu que as autoridades de regulamentação suspendam o processo de revisão do acordo firmado na metade do ano passado pela então chanceler Angela Merkel.

"Parece algo técnico, mas é uma passagem administrativa necessária. Sem ele, não pode haver nenhuma certificação do gasoduto e, sem a certificação, o Nord Stream 2 não pode entrar em operação", disse Scholz em coletiva.

O Kremlin lamentou a suspensão do acordo. Segundo agências russas de notícia, o porta-voz Dmitry Peskov disse esperar que o atraso no Nord Stream 2 seja temporário.

Apesar dos alemães sempre terem defendido a implementação do gasoduto, a estrutura foi alvo de críticas dos Estados Unidos e de alguns países ocidentais, que chamavam o Nord Stream 2 de arma política --algo rechaçado pelos russos.

No entanto, o governo Scholz sempre ressaltou que poderia suspender a parceria em caso de uma nova agressão russa à Ucrânia. Com o reconhecimento do presidente Vladimir Putin das áreas separatistas de Donetsk e Lugansk nesta segunda-feira (21), os alemães cumpriram com a medida.

Scholz ainda pediu que esforços diplomáticos sejam realizados nesse momento "para evitar uma catástrofe" no país. A decisão russa foi alvo de críticas duras dos ocidentais, que devem anunciar ainda hoje mais sanções econômicas contra os russos.

*Com informações da Reuters