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Em meio à guerra na Ucrânia, premiê da Itália planeja visita a Biden

O primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi - Filippo Monteforte/AFP
O primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi Imagem: Filippo Monteforte/AFP

17/03/2022 15h47Atualizada em 17/03/2022 18h40

O primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, disse hoje que está planejando visitar o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, daqui a dois ou três meses.

"Vou ver o presidente Biden na próxima quinta-feira na cúpula da Otan. Depois, estamos todos trabalhando na minha visita a Washington, que será em breve, nos próximos dois ou três meses", afirmou o premiê italiano.

Durante coletiva de imprensa no final do Conselho de Ministros, Draghi falou sobre a guerra na Ucrânia, enfatizando que "os fatos mostram, desde o início da invasão, uma determinação em continuar a guerra".

"Estamos todos à procura da paz, mas infelizmente o presidente russo, Vladimir Putin, não quer", acrescentou.

Segundo ele, "esta situação deu origem a escassez no fornecimento de muitas coisas, gasolina, gasóleo, eletricidade, gás, produtos alimentares. E as sanções muito severas que impusemos à Rússia, sem dúvida, também têm consequências para nós".

Draghi disse estar "convencido de que essas sanções são adequadas e podem ser reforçadas no futuro se a evolução da guerra o exigir, pois ele está pronto e está trabalhando para ajudar empresas e famílias".

"Acredito que a melhor forma de tranquilizar, em geral, é sempre dizer a verdade e dizer que estamos preparados para enfrentá-la. Isso se aplica a todas as situações", ressaltou o premiê.

Draghi especificou que ainda "não é apropriado alertar sobre a possível escassez de alimentos ou outras consequências do conflito na Ucrânia em termos de abastecimento de matérias-primas, porque haverá inconvenientes e, portanto, é absolutamente necessário preparar também através da diferenciação das fontes de abastecimento".

"Se as coisas continuarem a piorar deveríamos começar a entrar numa lógica de racionamento, mas ainda não é o caso", afirmou.

Os italianos "ajudam os ucranianos a se defenderem, sua sociedade e sua democracia: e ao mesmo tempo defendemos nossos valores, aqueles sobre os quais a Itália e a Europa se baseiam", acrescentou.

Por fim, Draghi explicou ainda que o encontro com o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, realizado na última terça-feira (15) em Roma, foi importante, principalmente porque o canal de diplomacia entre o governo americano e a China ainda está sendo construído.