Na Polônia, Biden diz que democracia está em jogo com a guerra na Ucrânia
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um discurso para militares norte-americanos da 82ª Divisão Aerotransportada que está em Rzezow, na Polônia hoje e reforçou que a guerra na Ucrânia tem como pano de fundo a existência da democracia no mundo.
"Os ucranianos são incríveis e têm muitas inspirações em vocês, em nós. Recentemente, o secretário de Estado [Antony Blinken] falava sobre o sentido de nação e o que está em jogo. Não estamos aqui só para ajudar a Ucrânia a se defender de um massacre, mas estamos no meio de uma luta entre a democracia e o autoritarismo. É isso que está em jogo, a democracia do mundo", disse aos militares.
Na fala, Biden ressaltou que a geração atual vive um "ponto de inflexão", daqueles que "só acontecem a cada quatro ou cinco décadas" e que os efeitos da guerra atual permanecerão por muitos anos e redefinirão o futuro.
"Nos últimos 10 anos, tivemos menos democracias e mais autocracias. Será que a democracia vai prevalecer? Ou as autocracias que vão ser mais fortes daqui a 15 anos? Vocês são a melhor força militar da história do mundo, a maior, a melhor, e por conta disso vocês precisam lutar tanto", pontuou ainda.
Biden ainda lembrou de seu filho, Beau, que lutou pelas forças armadas dos EUA por diversas vezes e que morreu em 2015 aos 46 anos por conta de um câncer no cérebro, e das viagens que fez às áreas de conflitos por dezenas de vezes, como no Iraque e no Afeganistão.
"Nos temos uma obrigação sagrada, além daquelas de garantir cuidados com a população, com os mais pobres, que é garantir que aqueles que mandamos para a guerra sejam bem cuidados também quando voltarem pra casa. Obrigado pelo seu serviço, obrigado.
Que Deus abençoe vocês e os Estados Unidos", acrescentou.
O evento com os militares teve um grande atraso porque Biden deveria ter sido recebido pelo presidente polonês, Andrzej Duda, no aeroporto assim que desembarcasse. Porém, a aeronave que levava o mandatário teve problemas técnicos e precisou retornar para Varsóvia. O encontro entre ambos foi reagendado para este sábado (24).
A visita do democrata ocorre um dia após ele cumprir uma extensa agenda política em Bruxelas durante toda a quinta-feira (24), com a participação nas reuniões da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), do G7 e do Conselho Europeu.
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