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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Ucrânia identifica 1º suspeito russo de massacres em Bucha

19.abr.2022 - Funcionários fazem pausa ao lado de sacos mortuários no necrotério de Bucha, na Ucrânia, em meio à guerra com a Rússia - Yasuyoshi Chiba/AFP
19.abr.2022 - Funcionários fazem pausa ao lado de sacos mortuários no necrotério de Bucha, na Ucrânia, em meio à guerra com a Rússia Imagem: Yasuyoshi Chiba/AFP

02/05/2022 15h59Atualizada em 02/05/2022 16h55

ROMA, 2 MAI (ANSA) - O Ministério Público da Ucrânia identificou nesta segunda-feira (2) o primeiro suspeito de realizar um massacre de civis em Bucha, cidade onde centenas de corpos foram encontrados com sinais de tortura após a invasão russa.

Trata-se de Sergey Kolotsey, comandante da Unidade da Guarda Nacional Russa, que agora é suspeito oficial de matar quatro ucranianos desarmados e de torturar um outro civil em Bucha.

A informação foi divulgada pela procuradora-geral ucraniana, Iryna Venediktova, que compartilhou uma fotografia do suspeito e outra das vítimas localizadas com as mãos amarradas. "Esta foto tornou-se um dos símbolos das atrocidades em Bucha", escreveu ela no Facebook.

De acordo com Venediktova, as autoridades locais "descobriram que foi este soldado que matou quatro homens desarmados em Bucha no dia 18 de março". Já em 29 de março, Kolotsey teria torturado outro civil, que foi obrigado a cheirar um cadáver, além da violência física que sofreu.

Agora, a Ucrânia investiga se o comandante russo tem ligação com outros crimes cometidos em Bucha. Em sua publicação, a procuradora-geral ainda pediu aos ucranianos que ajudem a encontrar Kolotsey e que, caso tenham provas de crimes de guerra que este tenha cometido, enviem para o site oficial do governo.

A pequena localidade de Bucha ficou mundialmente conhecida por conta da quantidade de corpos abandonados nas ruas e enterrados em valas comuns, sendo que muitos deles estavam com mãos amarradas ou sinais de tortura.

Para os russos, as imagens foram "encenações" feitas pelos ucranianos. No entanto, várias investigações internas e também internacionais, como do Tribunal Penal Internacional, estão em andamento e devem acusar as tropas invasoras de crimes de guerra.