Biden encontra famílias de vítimas de massacre racista e condena racismo em Buffalo
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e a primeira-dama, Jill Biden, visitaram nesta terça-feira (17) a cidade de Buffalo, no estado de Nova York, para prestar homenagens às vítimas do massacre racista ocorrido no último sábado.
Logo depois de sua chegada, o casal foi até o supermercado Tops, local do ataque que deixou 10 mortos e três feridos, encontrou com famílias das vítimas, líderes da comunidade e equipes de resgate que atenderam a ocorrência.
"O que aconteceu em Buffalo é terrorismo interno", disse Biden, ressaltando que "o ódio não prevalecerá". "A supremacia branca é um veneno. Não há lugar para isso na América".
Biden e Jill conheceram alguns dos parentes das 10 vítimas do supremacista branco Payton Gendron em frente ao memorial na cidade na fronteira com o Canadá, onde muitos deixaram flores, velas e presentes.
O presidente americano emocionou-se ao ler os nomes das pessoas e recordou o momento em que o então presidente Barack Obama se comoveu com o massacre de crianças em Sandy Hook.
"Jill e eu estamos próximos a vocês. Não é a mesma coisa, mas sabemos o que significa ter perdido um pedaço de sua alma. É um buraco negro no peito que te sufoca", lamentou.
Em comunicado, a Casa Branca já havia antecipado que, durante sua viagem, Biden condenaria o massacre como um ato de terrorismo motivado pelo ódio e faria um convite aos americanos para rejeitar o racismo que divide a nação e abraçar a diversidade.
Além disso, o democrata irá pedir que o Congresso atue para retirar as armas das mãos de criminosos e pessoas com sérios problemas mentais.
No último sábado (14), o supremacista branco matou 10 pessoas e feriu outras três em um atentado terrorista em um mercado de Buffalo, nos Estados Unidos. Gendron, de 18 anos, abriu fogo na entrada e dentro da loja e depois foi detido pela polícia, que alega ter evidências de que o ataque foi "ditado por motivações raciais".
Das 13 pessoas baleadas, 11 eram negras, e o mercado fica em um bairro de maioria afro-americana.
Segundo as investigações, o autor do massacre, que transmitiu o atentado ao vivo na plataforma de streaming Twitch e escreveu um manifesto de 106 páginas no qual defende a teoria da conspiração de que os brancos estão sendo substituídos em seus países por imigrantes, também considerou atirar em escolas e igrejas em Buffalo.
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