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EUA: Atirador de Buffalo ameaçou escola anteriormente, mas foi liberado

15.mai.22 - Membros do FBI e do Departamento de Polícia de Buffalo coletam evidências no local de um tiroteio em um supermercado TOPS em Buffalo, Nova York, EUA - BRENDAN MCDERMID/REUTERS
15.mai.22 - Membros do FBI e do Departamento de Polícia de Buffalo coletam evidências no local de um tiroteio em um supermercado TOPS em Buffalo, Nova York, EUA Imagem: BRENDAN MCDERMID/REUTERS

Do UOL, em São Paulo

16/05/2022 11h51Atualizada em 16/05/2022 15h00

O atirador de 18 anos acusado de matar dez pessoas, a maioria negras, em um supermercado em Buffalo, no estado Nova York (EUA), ameaçou fazer um massacre em uma escola de Conklin, em junho do ano passado, de acordo com as autoridades americanas.

"A polícia estadual respondeu. Eles investigaram, entrevistaram o sujeito e sentiram que era apropriado trazer esse indivíduo para uma avaliação de saúde mental", disse o comissário de polícia de Buffalo, Joseph Gramaglia, em entrevista coletiva no domingo, registrada pela rádio americana NPR.

Um funcionário relatou que o jovem havia feito declarações indicando que o tiroteio seria na formatura da escola ou após ela, segundo o jornal local Buffalo News.

Na época, a polícia informou que a ameaça "não era dirigida para uma pessoa ou lugar específico" e, após um dia em um hospital, o suspeito foi liberado.

O homem está sendo investigado após ter sido acusado como o autor do tiroteio que ocorreu no sábado (14) na cidade de Buffalo. Ele entrou no Tops Friendly Market, na avenida Jefferson, vestindo roupas de estilo militar, pouco depois das 14h30 (horário local) e começou a disparar com um rifle, conforme relatou um funcionário na condição de anonimato à AP. Duas armas foram apreendidas no local. As autoridades afirmam que ele comprou a arma utilizada no crime legalmente.

O FBI investigará o episódio como "crime de ódio e extremismo violento com motivação racial", informou à Reuters o agente especial encarregado do escritório de Buffalo, Stephen Belongia.

O bairro onde ocorreu o crime é predominantemente negro e 11 das 13 vítimas são negras. A polícia acredita que o crime tenha sido premeditado, levando em conta que o suspeito mora em outra cidade e dirigiu por algumas horas.

A polícia também investiga se o jovem é autor de dois documentos racistas que circulam na internet. Um deles contém 180 páginas e fala de uma teoria da conspiração racista de que os brancos estariam sendo substituídos por minorias nos Estados Unidos e em outros países. O outro documento traz uma lista de tarefas para o ataque, incluindo limpar a arma e testar a transmissão ao vivo.