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Israel faz ataque contra Gaza e grupo palestino fala em guerra

Até o momento, os militares informaram que a operação se chama "Breaking Dawn" e que um "alerta especial" também foi emitido para o interior do país -  EMMANUEL DUNAND/AFP
Até o momento, os militares informaram que a operação se chama "Breaking Dawn" e que um "alerta especial" também foi emitido para o interior do país Imagem: EMMANUEL DUNAND/AFP

05/08/2022 11h23Atualizada em 05/08/2022 11h45

O governo de Israel está fazendo uma operação militar contra "diversos objetivos" na Faixa de Gaza nesta sexta-feira (5), informou um porta-voz do exército à imprensa local. Mais detalhes sobre a ação, segundo o representante, serão dados "em breve".

Até o momento, os militares informaram que a operação se chama "Breaking Dawn" e que um "alerta especial" também foi emitido para o interior do país. O sistema de defesa aéreo Iron Dome foi ativado para cobrir até 80 quilômetros dentro do território, incluindo as cidades de Tel Aviv e Modin. Fontes do governo palestino informam que a aviação israelense atingiu um prédio comercial de 10 andares em Bourj Falastin, no centro da cidade. Além disso, também teriam atingido um objetivo em Khan Yunes, ao sul do território, e um posto da ala militar do grupo Jihad Islâmica em Beit Kahya, ao norte.

O prédio em Bourj Falastin teria um escritório do grupo e, no momento da ação, diversos militantes estavam no local. Não se sabe se há mortos ou feridos.

O Ministério da Saúde de Gaza proclamou o estado de emergência para toda a Faixa.

Após os ataques, a Jihad Islâmica afirmou que os israelenses "começaram uma guerra". "O inimigo começou uma guerra contra o nosso povo e nós todos precisaremos nos defender. Não permitiremos que o inimigo continue com suas sistemáticas tentativas de atingir a resistência armada", ressaltou.

A ação militar ocorreu horas depois do ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, enviar uma mensagem aos líderes da Faixa de Gaza em que dizia que a "situação ao sul de Israel está tensa" e que o país "não quer buscar um conflito, mas não hesitará em defender nossos cidadãos se necessário".

A reclamação formal ocorre após dias de ameaças de ataques feitas por membros da Jihad Islâmica contra cidadãos e autoridades israelenses. A intensificação nas promessas de atentados vieram após Israel prender Bassam a-Saadi, chefe da Jihad Islâmica na Cisjordânia.

"Aos nossos inimigos, em particular aos líderes do Hamas e da Jihad Islâmica, quero dizer que o tempo acabou. Essa ameaça será removida de um jeito ou de outro", acrescentou Gantz, que acusou os dois grupos de fazerem com que a população da Faixa de Gaza "seja refém" por conta dos seus sofrimentos.

Na tentativa de evitar uma escalada violenta novamente entre os dois lados, o Egito já está tentando mediar a crise e está em contato tanto com o governo de Israel como com os líderes da Jihad Islâmica.