Após encontro, Milei diz que 'reconsiderou' opiniões sobre Papa
Após atacar o papa Francisco nas eleições e encontrá-lo no Vaticano, o presidente da Argentina, Javier Milei, afirmou que "reconsiderou algumas posições" em relação ao religioso.
No primeiro encontro entre os dois líderes desde que Milei venceu o pleito presidencial, os argentinos se abraçaram e trocaram algumas palavras na Basílica de São Pedro, no Vaticano, onde ocorreu a cerimônia de canonização de Mama Antula, a primeira santa do país sul-americano.
Já hoje, na Biblioteca do Palácio Apostólico, Milei e Francisco voltaram a se encontrar para uma longa audiência. A reunião entre a dupla durou cerca de uma hora.
"Nós evoluímos e passamos a entender as coisas e, uma das coisas que entendi nos últimos tempos, é que o Papa é a pessoa mais importante da Argentina, é o líder dos católicos no mundo.
Com isso, tive que reconsiderar alguns posicionamentos e, a partir daquele momento, começamos a construir um vínculo positivo", disse Milei entrevista ao talk show Quarta Repubblica, no Retequattro.
Os encontros foram uma tentativa de aproximação entre o Papa e o presidente argentino, que durante a campanha eleitoral acusou o líder religioso de representar o maligno e de simpatizar com o comunismo.
Entre outros temas abordados na entrevista, Milei admitiu que, ao menos "filosoficamente", ele é um "anarcocapitalista" e sente um "profundo desprezo pelo Estado", definindo-o como um "inimigo" e uma "associação criminosa".
O mandatário argentino ainda afirmou que o comunismo é uma "doença mental", além de dizer que é "75% italiano", pois teve alguns parentes que nasceram no país europeu.
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