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'Construa pontes, não muros': marchas reúnem milhares contra Trump ao redor do mundo

21.jan.2017 - Manifestantes protestam na Trafalgar Square, em Londres - AP Photo/Tim Ireland
21.jan.2017 - Manifestantes protestam na Trafalgar Square, em Londres Imagem: AP Photo/Tim Ireland

21/01/2017 13h34

Um dia após a posse de Donald Trump, milhares de manifestantes participaram da Marcha das Mulheres em Londres, no Reino Unido, que é parte de protesto internacional contra o novo presidente americano.

Segundo a organização, o objetivo das manifestações é combater a misoginia e pedir respeito aos direitos das mulheres, que acreditam correr risco sob o novo governo dos Estados Unidos.

"Aqueles que gritam mais alto normalmente são o que são mais ouvidos", disse uma das organizadoras ao abrir o evento na capital britânica.

A passeata começou em frente à embaixada dos Estados Unidos, na Grosvenor Square, onde um outro protesto já havia sido organizado na noite de sexta-feira, e saiu rumo à Trafelgar Square, local onde foi marcado um comício.

'Contra o ódio'

Enquanto caminhavam, os participantes entoavam palavras de ordem - "Construa pontes, não muros" ou "Garotas só querem seus direitos fundamentais" -, e cartazes com mensagens para o presidente americano, como "O amor supera o ódio" e "Não a Trump, Não à guerra".

Entre o público presente, a maioria era formada por mulheres, como a jornalista Ikram, de 27 anos.

"Estou aqui para me manifestar contra o ódio que ele está incentivando. Ele dividiu as pessoas e as fez se virarem umas contras as outras para chegar ao poder. Espero que daqui a quatro anos ele não seja mais presidente", afirmou ela.

A pintora americana Evelina, de 35 anos, disse que "todos estavam ali pela igualdade". "Queremos ser ouvidos e mostrar que a misoginia não é aceitavel."

'Desalento'

Também havia muitas famílias com crianças e também diversos homens entre os manifestantes.

O artista plástico Toby, de 27 anos, diz ter comparecido ao ato com seu filho de 8 anos para demonstrar solidariedade às mulheres e "outras pessoas que vão sofrer com esse governo".

"A política chegou a tal ponto que uma pessoa como Trump pode ser eleito chefe de Estado. Queria demonstrar meu desalento com essa situação."

Há mais de 700 marchas programadas em cidades ao redor do mundo. Em Sydney, o ato reuniu 3 mil pessoas. Também já houve manifestações na China, na Nova Zelândia, em Berlim, entre outros países.

Na capital americana, Washignton, são esperadas 200 mil pessoas.