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Blinken exorta Putin a optar por via pacífica na crise ucraniana

19.jan.2022 - O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, à esquerda, e o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, à direita, em coletiva de imprensa após reunião no Ministério das Relações Exteriores em Kiev - Alex Brandon / POOL / AFP
19.jan.2022 - O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, à esquerda, e o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, à direita, em coletiva de imprensa após reunião no Ministério das Relações Exteriores em Kiev Imagem: Alex Brandon / POOL / AFP

19/01/2022 08h58

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, conclamou nesta quarta-feira (19/01) a Rússia a optar pela via pacífica na atual crise ucraniana, durante uma visita a Kiev para reforçar o apoio americano à Ucrânia.

"Firmemente espero que possamos nos manter numa via pacífica e diplomática, mas, em última instância, a decisão cabe ao presidente Putin", declarou Blinken na embaixada dos Estados Unidos em Kiev.

Da Ucrânia, Blinken segue para Berlim, onde vai se reunir com representantes de Reino Unido, França e Alemanha para debater a situação ucraniana. Na quinta-feira, tem um encontro marcado com o ministro do Exterior da Rússia, Serguei Lavrov, em Genebra.

Em Berlim, os aliados discutirão "esforços conjuntos para impedir novas agressões russas à Ucrânia, incluindo a prontidão dos aliados e parceiros para impor consequências massivas e custos econômicos significativos à Rússia", segundo o Departamento de Estado.

Apoio da Otan

Paralelamente, nesta terça-feira, a Otan decidiu reforçar as patrulhas aéreas sobre os países bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia, ex-repúblicas soviéticas e atuais membros da organização militar) com mais quatro caças dinamarqueses, num contexto de escalada de tensões com a Rússia devido ao reforço militar deste país junto às fronteiras da Ucrânia.

Na véspera da visita a Kiev, Blinken já havia defendido a via diplomática para encerrar a crise entre a Rússia e a Ucrânia, durante um telefonema com Lavrov.

Os Estados Unidos também anunciaram uma ajuda suplementar de 200 milhões de dólares à Ucrânia, nas áreas de defesa e segurança, no âmbito da ameaça de uma potencial ofensiva russa.

A Ucrânia e os seus aliados ocidentais acusam a Rússia de uma grande concentração de tropas junto à fronteira comum com a perspectiva de uma eventual invasão. A Rússia tem desmentido qualquer intenção bélica, mas formulou diversas exigências, que se destinam a "garantir a sua própria segurança".