Oposição pede afastamento e julgamento político a vice-presidente argentino
Buenos Aires, 28 jun (EFE).- A oposição na Argentina reivindicou neste sábado que o vice-presidente Amado Boudou, processado na sexta-feira por suposto suborno passivo e negociações imcompatíveis com seu cargo, se afaste de suas funções e seja submetido a julgamento político com fins de destituição.
As reivindicações, que vêm desde todo os lados da oposição, incluem que o próprio Boudou renuncie, que peça licença, que qualquer destas duas opções sejam exigidas pela presidente argentina, Cristina Kirchner, e até que o funcionário seja destituído pelo Congresso em um julgamento político.
Boudou foi processado nesta sexta-feira pelo juiz Ariel Lijo, que investiga a compra irregular da imprensa de papel-moeda Ciccone, supostamente por parte do vice-presidente e de um sócio.
A operação teria se concretizado em 2010, enquanto Boudou estava à frente do Ministério da Economia.
Para o deputado e ex-vice-presidente Julio Cobos, da União Cívica Radical, "os fundamentos da resolução do juiz Ariel Lijo são causa suficiente para o início do julgamento político do vice-presidente".
"Corresponde a um distanciamento do vice-presidente do governo. Se ele não se afastar, a decisão do radicalismo e a minha em particular, é acompanhar os legisladores que queiram iniciar julgamento político", considerou Cobos.
O também dirigente radical Ernesto Sanz reivindicou o afastamento de Boudou, que ocupa além disso a titularidade do Senado argentino.
No entanto, Sanz reconheceu que a oposição não tem o peso suficiente no parlamento para habilitar um julgamento político.
Para impulsionar esse processo, são necessários dois terços dos votos em um parlamento onde o Governo tem atualmente a maioria em ambas as câmaras.
"O vice-presidente Amado Boudou deve pedir licença para não causar mais prejuízo ao governo. Se não fizer, deve ser um pedido de Cristina Kirchner", disse o também deputado radical Ricardo Alfonsín.
Para a deputada Margarita Stolbitzer, da Frente Ampla Progressista, "o juiz, em sua decisão, fala claramente de corrupção" e, "portanto, não há mais elementos".
"O governo tem que tirar este homem do poder. Este homem não pode nos representar. Faz mal não só ao governo mas ao país", disse Stolbitzer.
"Tudo isso afeta o Congresso e o poder executivo", disse a deputada Laura Alonso, da conservadora Proposta Republicana.
A decisão do juiz federal Ariel Lijo surpreendeu Boudou em Havana, primeira escala de uma viagem internacional que iniciou na quinta-feira e que devia concluir na próxima semana no Panamá.
O juiz Lijo processou, além disso, um sócio de Boudou e um suposto testa-de-ferro do vice-presidente, assim como outros três submetidos a julgamento no caso.
Amado Boudou, que ocupou a pasta de Economia entre 2009 e 2011, é o primeiro vice-presidente interino na história argentina ao ser processado em um caso de corrupção.
As reivindicações, que vêm desde todo os lados da oposição, incluem que o próprio Boudou renuncie, que peça licença, que qualquer destas duas opções sejam exigidas pela presidente argentina, Cristina Kirchner, e até que o funcionário seja destituído pelo Congresso em um julgamento político.
Boudou foi processado nesta sexta-feira pelo juiz Ariel Lijo, que investiga a compra irregular da imprensa de papel-moeda Ciccone, supostamente por parte do vice-presidente e de um sócio.
A operação teria se concretizado em 2010, enquanto Boudou estava à frente do Ministério da Economia.
Para o deputado e ex-vice-presidente Julio Cobos, da União Cívica Radical, "os fundamentos da resolução do juiz Ariel Lijo são causa suficiente para o início do julgamento político do vice-presidente".
"Corresponde a um distanciamento do vice-presidente do governo. Se ele não se afastar, a decisão do radicalismo e a minha em particular, é acompanhar os legisladores que queiram iniciar julgamento político", considerou Cobos.
O também dirigente radical Ernesto Sanz reivindicou o afastamento de Boudou, que ocupa além disso a titularidade do Senado argentino.
No entanto, Sanz reconheceu que a oposição não tem o peso suficiente no parlamento para habilitar um julgamento político.
Para impulsionar esse processo, são necessários dois terços dos votos em um parlamento onde o Governo tem atualmente a maioria em ambas as câmaras.
"O vice-presidente Amado Boudou deve pedir licença para não causar mais prejuízo ao governo. Se não fizer, deve ser um pedido de Cristina Kirchner", disse o também deputado radical Ricardo Alfonsín.
Para a deputada Margarita Stolbitzer, da Frente Ampla Progressista, "o juiz, em sua decisão, fala claramente de corrupção" e, "portanto, não há mais elementos".
"O governo tem que tirar este homem do poder. Este homem não pode nos representar. Faz mal não só ao governo mas ao país", disse Stolbitzer.
"Tudo isso afeta o Congresso e o poder executivo", disse a deputada Laura Alonso, da conservadora Proposta Republicana.
A decisão do juiz federal Ariel Lijo surpreendeu Boudou em Havana, primeira escala de uma viagem internacional que iniciou na quinta-feira e que devia concluir na próxima semana no Panamá.
O juiz Lijo processou, além disso, um sócio de Boudou e um suposto testa-de-ferro do vice-presidente, assim como outros três submetidos a julgamento no caso.
Amado Boudou, que ocupou a pasta de Economia entre 2009 e 2011, é o primeiro vice-presidente interino na história argentina ao ser processado em um caso de corrupção.