Nicolás Maduro, um chavista incondicional com habilidade para negociar
Caracas, 11 abr (EFE).- O presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, espera suceder Hugo Chávez com os créditos de ter sido um de seus colaboradores incondicionais nos bons e nos maus momentos durante os últimos 20 anos, e a fama de ser um negociador com capacidade para ouvir os demais.
Alguns o chamam de radical e todos afirmam sua indiscutível lealdade ao projeto de Chávez, do qual não se separou nos últimos 20 meses enquanto o presidente lutava contra um câncer que acabou em 5 de março com a morte do homem que governou a Venezuela desde 1999.
Chávez lhe deu autoridade para ser seu sucessor político e também foi o próprio candidato que deu a notícia da morte do líder da revolução bolivariana.
Maduro liderou uma campanha completamente focada em sua figura, repetindo que é "filho" do governante e prometendo continuar seu legado seguindo ponto a ponto seu programa político.
Os que o conhecem dizem que o chavista sabe trabalhar em equipe, que sabe se apoiar nos grupos com os quais trabalha e que aprendeu a negociar durante seu passado sindicalista, do qual também tirou uma profunda e estruturada formação ideológica maoísta.
Líder sindical antes de se tornar a face da Venezuela no exterior, Maduro, de 50 anos, foi por muitos anos motorista de ônibus, entrou para a alta política internacional sem complexos e sem esconder que só domina a língua espanhola.
Seu passado de motorista foi usado por ele como forte elemento de campanha, e era comum vê-lo chegar aos comícios dirigindo um ônibus no qual levava toda a equipe de campanha.
Após se tornar em 2006 o ministro das Relações Exteriores mais jovem da era Chávez, Maduro foi nomeado vice-presidente em outubro do ano passado, atraindo todos os olhares e se firmou, sem muitas surpresas, como homem forte do chavismo.
Nascido em Caracas em 1962 e criado na popular bairro de Valle, Nicolás Maduro é um esquerdista convicto que começou sua carreira política no ensino médio como líder estudantil.
Sem passar pela universidade, trabalhou como motorista e se tornou um destacado líder sindical nos anos 1990. Maduro conheceu Chávez enquanto este cumpria pena em prisão por seu fracassado golpe de Estado de 1992, em um momento em que vários grupos se aproximavam do tenente-coronel.
Na mesma época, conheceu sua mulher, a advogada e antiga líder parlamentar do chavismo, Cilia Flores (nove anos mais velha que ele), que assessorava Chávez juridicamente.
De sorriso largo sob o vasto bigode, ele contribuiu para a fundação do partido que levou o líder ao poder, o Movimento V República (MVR), sendo eleito deputado em 2000 após ter participado da redação da nova Constituição Bolivariana de 1999.
Em janeiro de 2006, foi designado presidente do Parlamento, um cargo que no qual ficou por sete meses, já que em agosto desse mesmo ano recebeu o cargo que lhe daria projeção internacional: o de ministro das Relações Exteriores.
"É uma pessoa muito cordial no trato pessoal, com bom humor, mas quando tem que apertar, aperta, e com o adversário é duro, com certeza", disse o jornalista e ex-vice-ministro de Relações Exteriores Vladimir Villegas, que além disso estudou na mesma escola que Maduro.
Colaborador histórico e beneficiado de uma grande confiança presidencial, ele tomou as rédeas do país quando Chávez estava em Cuba sem poder conter, em muitas ocasiões, as lágrimas.
Seus opositores o acusam de ter destruído a Chancelaria tirando diplomatas de carreira e colocando as pessoas que o acompanharam durante sua vida de trabalhador e que entraram no Ministerio com ele.
Há quem também lembre a visita que ele e Flores fizeram ao líder espiritual indiano Sai Baba em 2005, o que para alguns evidencia seus exóticos hábitos religiosos enquanto outros consideram que mostra a personalidade forte de Maduro.
Durante a campanha, surpreendeu todos dizendo que Chávez apareceu para ele em forma de passarinho. O comentário gerou piadas e escárnio na oposição e nas redes sociais, mas Maduro não se importou e insiste nessa história.
"Contei algo muito simples que aconteceu comigo. Sim, aconteceu, aconteceu. E eu me sinto feliz que tenha acontecido, é minha espiritualidade e me deu vontade de compartilhá-la com o povo", disse durante um comício.
Alguns o chamam de radical e todos afirmam sua indiscutível lealdade ao projeto de Chávez, do qual não se separou nos últimos 20 meses enquanto o presidente lutava contra um câncer que acabou em 5 de março com a morte do homem que governou a Venezuela desde 1999.
Chávez lhe deu autoridade para ser seu sucessor político e também foi o próprio candidato que deu a notícia da morte do líder da revolução bolivariana.
Maduro liderou uma campanha completamente focada em sua figura, repetindo que é "filho" do governante e prometendo continuar seu legado seguindo ponto a ponto seu programa político.
Os que o conhecem dizem que o chavista sabe trabalhar em equipe, que sabe se apoiar nos grupos com os quais trabalha e que aprendeu a negociar durante seu passado sindicalista, do qual também tirou uma profunda e estruturada formação ideológica maoísta.
Líder sindical antes de se tornar a face da Venezuela no exterior, Maduro, de 50 anos, foi por muitos anos motorista de ônibus, entrou para a alta política internacional sem complexos e sem esconder que só domina a língua espanhola.
Seu passado de motorista foi usado por ele como forte elemento de campanha, e era comum vê-lo chegar aos comícios dirigindo um ônibus no qual levava toda a equipe de campanha.
Após se tornar em 2006 o ministro das Relações Exteriores mais jovem da era Chávez, Maduro foi nomeado vice-presidente em outubro do ano passado, atraindo todos os olhares e se firmou, sem muitas surpresas, como homem forte do chavismo.
Nascido em Caracas em 1962 e criado na popular bairro de Valle, Nicolás Maduro é um esquerdista convicto que começou sua carreira política no ensino médio como líder estudantil.
Sem passar pela universidade, trabalhou como motorista e se tornou um destacado líder sindical nos anos 1990. Maduro conheceu Chávez enquanto este cumpria pena em prisão por seu fracassado golpe de Estado de 1992, em um momento em que vários grupos se aproximavam do tenente-coronel.
Na mesma época, conheceu sua mulher, a advogada e antiga líder parlamentar do chavismo, Cilia Flores (nove anos mais velha que ele), que assessorava Chávez juridicamente.
De sorriso largo sob o vasto bigode, ele contribuiu para a fundação do partido que levou o líder ao poder, o Movimento V República (MVR), sendo eleito deputado em 2000 após ter participado da redação da nova Constituição Bolivariana de 1999.
Em janeiro de 2006, foi designado presidente do Parlamento, um cargo que no qual ficou por sete meses, já que em agosto desse mesmo ano recebeu o cargo que lhe daria projeção internacional: o de ministro das Relações Exteriores.
"É uma pessoa muito cordial no trato pessoal, com bom humor, mas quando tem que apertar, aperta, e com o adversário é duro, com certeza", disse o jornalista e ex-vice-ministro de Relações Exteriores Vladimir Villegas, que além disso estudou na mesma escola que Maduro.
Colaborador histórico e beneficiado de uma grande confiança presidencial, ele tomou as rédeas do país quando Chávez estava em Cuba sem poder conter, em muitas ocasiões, as lágrimas.
Seus opositores o acusam de ter destruído a Chancelaria tirando diplomatas de carreira e colocando as pessoas que o acompanharam durante sua vida de trabalhador e que entraram no Ministerio com ele.
Há quem também lembre a visita que ele e Flores fizeram ao líder espiritual indiano Sai Baba em 2005, o que para alguns evidencia seus exóticos hábitos religiosos enquanto outros consideram que mostra a personalidade forte de Maduro.
Durante a campanha, surpreendeu todos dizendo que Chávez apareceu para ele em forma de passarinho. O comentário gerou piadas e escárnio na oposição e nas redes sociais, mas Maduro não se importou e insiste nessa história.
"Contei algo muito simples que aconteceu comigo. Sim, aconteceu, aconteceu. E eu me sinto feliz que tenha acontecido, é minha espiritualidade e me deu vontade de compartilhá-la com o povo", disse durante um comício.
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