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Presidente do Legislativo venezuelano diz que agressões foram montadas

Caracas, 1 mai (EFE).- O presidente da Assembleia Nacional (AN) venezuelana, Diosdado Cabello, responsabilizou nesta quarta-feira os deputados da oposição pelas agressões registradas ontem no Parlamento e afirmou que o incidente foi uma "montagem" dos parlamentares Julio Borges e Ismael García.

"Isso é uma montagem preparada por Julio Borges e por Ismael García", indicou Cabello em entrevista canal estatal "VTV" ao comentar as agressões sofridas pelos deputados da oposição na Assembleia Nacional.

"O que ocorreu ontem é lamentável. O fato de o deputado Julio Borges ter recebido um golpe não significa que ele não tenha sido agressor", acrescentou o presidente do Legislativo.

Borges foi agredido no momento em que, ao lado de outros parlamentares, tentou exibir um cartaz escrito "golpe ao Parlamento". Posteriormente, o deputado opositor apareceu ferido e com um olho roxo.


Após as agressões, o deputado opositor denunciou que havia guarda-costas armados na sessão.

"Quem ocasionou isto? Bom, há ânimos caldeados, mas isso está relacionado ao desconhecimento das instituições por parte dos senhores da oposição", indicou Cabello em alusão à decisão da oposição de não reconhecer Nicolás Maduro como ganhador das eleições presidenciais do último dia 14 de abril.

Duante a sessão parlamentar de ontem, os deputados da oposição usaram vuvuzelas e cartazes para protestar contra a decisão de Cabello de não deixar os mesmos se pronunciar até que reconheçam a vitória de Maduro.

"As agressões pereceram inevitáveis. Mesmo antes desse episódio, o deputado (Alfonso) Marquina já havia dito que, se eles não poderiam falar, também não deixariam os demais", justificou Cabello, que negou as acusações feitas pelos opositores, as quais apontavam que ele estaria rindo no momento das agressões.

"Todos foram com um roteiro armado: a culpa é de Diosdado, que tentou levar a violência para nosso lado quando a mesma vinha do lado deles", afirmou Cabello, que, mesmo diante das agressões, não fez pedidos de ordem e deu continuidade aos pronunciamentos dos deputados governistas.

"Eu estava preocupado com o que estava ocorrendo ali, mas eles estavam querendo que eu descesse", afirmou o presidente do Parlamento, que acrescentou que o que os opositores queriam era que ele descesse para brigar.

"Todos estavam nos provocando", completou o político.

As agressões contra os opositores na sessão de ontem foi a segunda registrada nos últimos 15 dias.

No último dia 16, o opositor William Dávila levou um golpe de microfone na cabeça, pelo qual teve levar 16 pontos na cabeça, enquanto Borges também foi agredido.

 

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