Justiça espanhola investigará filha do rei Juan Carlos

De Palma

Um juiz de Palma de Mallorca (Ilhas Baleares, Mediterrâneo) pediu nesta sexta-feira (24) à Agência Tributária que amplie a investigação sobre supostas irregularidades fiscais da segunda filha do rei Juan Carlos, a infanta Cristina, além disso de mais dados sobre seu marido, Iñaki Urdangarin.

O juiz José Castro instrui o chamado "caso Nóos", sobre o suposto desvio de 6 milhões de euros de fundos públicos a um instituto criado sem fins lucrativos que entre 2003 e 2006 foi presidido por Urdangarin.

Por meio de um auto divulgado hoje, o juiz decidiu incorporar à causa várias declarações da renda da infanta Cristina e reivindicou à Agência Tributária que esclareça qualquer contradição em um relatório emitido em 14 de janeiro sobre a "intervenção que dona Cristina possa ter feito em supostas irregularidades fiscais e de lavagem de capitais".

Especialmente "se fez uso, para a reforma de sua casa de Barcelona e outros assuntos pessoais e familiares, de fundos derivados" de uma empresa chamada Aizoon, com a qual Cristina e Urdangarin, duques de Palma, administravam seu patrimônio.

Além disso, o juiz solicitou à autoridade fiscal que relate as contas correntes da infanta ou nas quais apareça como proprietária de bens móveis e imóveis, além de fundos de investimento, ativos financeiros e depósitos de que seja titular.

Além disso, pediu à Agência Tributária que "quantifique o valor supostamente fraudado" por Iñaki Urdangarin nos anos de 2007 e 2008".

No dia 7 de maio, a Justiça espanhola acusou a infanta Cristina no suposto caso de corrupção que envolve seu marido, mas manteve a possibilidade de processá-la por um suposto delito fiscal.

O juiz Castro já havia rejeitado os recursos dos advogados da infanta Cristina e de Urdangarin contra sua decisão de incorporar à causa várias declarações do Imposto da Renda de ambos.

A segunda filha e o genro do Rei Juan Carlos alegaram que investigar as declarações da renda violava seu direito à privacidade, mas o juiz respondeu que se trata de esclarecer fatos de "óbvia transcendência" e que faz parte da instrução do caso.

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