Poroshenko diz que se reunirá com Putin e continuará operação militar
O magnata Petro Poroshenko, vencedor das eleições presidenciais realizadas neste domingo na Ucrânia, afirmou nesta segunda-feira (26) que espera se reunir com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, na primeira metade de junho, e que continuará a operação militar contra os rebeldes russófonos.
"Putin e eu nos conhecemos muito bem", disse Poroshenko em entrevista coletiva. O milionário, conhecido como o "rei de chocolate", frisou que o encontro não deve se limitar a um "apertão de mãos".
Poroshenko acrescentou que a Rússia é o maior vizinho da Ucrânia e que sem sua participação "seria impossível parar a guerra e levar a paz ao leste do país".
"Devem ser produzidos resultados, o povo do leste os está esperando. A Ucrânia já pagou um preço muito alto pela guerra", disse Poroshenko.
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O político argumentou que a Ucrânia tem agora um "presidente forte, que conta com o apoio das pessoas para defender o país".
Além disso, foi taxativo ao afirmar que "não haverá negociações com os terroristas". Em referência aos milicianos pró-Rússia que combatem as tropas governamentais nas regiões de Donetsk e Lugansk, afirmou que "aqueles que se negam a baixar as armas não se beneficiarão da anistia".
Poroshenko salientou que apoia a continuação da operação militar realizada no sudeste de país, de maioria russófona, mas frisou que a ação "deve ser mais efetiva, mais curta no tempo e com as unidades melhor aparelhadas".
"Os milicianos não têm interesse em falar com ninguém. Da mesma forma que os milicianos somalis, querem se manter na ilegalidade. É inadmissível. Os terroristas não representam ninguém, querem atemorizar todo o mundo, pois é sua única forma de sobreviver", criticou.
Após a apuração de quase 60% dos votos, Poroshenko tinha 53,74%, segundo os dados oficiais da Comissão Eleitoral Central da Ucrânia.
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