Merkel pede para se resolver problema dos refugiados com maior solidariedade
Viena, 27 ago (EFE).- Os chefes do governo de Alemanha e Áustria, Angela Merkel e Werner Faymann, respectivamente, pediram nesta quinta-feira em Viena para se contribuir para resolver a crise de refugiados que chegam à Europa com um maior sentido de solidariedade.
"É minha firme convicção de que a Europa, como continente rico, está em situação de resolver o problema da chegada em massa de pessoas que fogem dos conflitos e buscam refúgio e uma vida segura", disse Merkel em entrevista coletiva.
Faymann ressaltou a necessidade de acertar "um repartição justa, com uma cota vinculativa" do número de refugiados entre os parceiros da União Europeia (UE).
A chefe do governo alemão se mostrou "comovida" com a notícia da descoberta de entre 20 e 50 supostos refugiados mortos em um caminhão frigorífico abandonado na Áustria.
"Esta pessoas estavam a caminho de buscar maior segurança e proteção e morreram de forma trágica", afirmou, para criticar os traficantes que brincam com a vida das pessoas por mero benefício.
A chanceler lembrou que pela "experiência histórica da Europa", o continente tem "o dever" de oferecer ajuda e proteção aos refugiados.
Para enfrentar o problema se deve atuar com solidariedade, ressaltou, "não uns contra outros mas todos de forma conjunta com o espírito de buscar uma solução", disse.
Por sua vez, o responsável de Política Externa da UE, Federica Mogherini, também afirmou que a tragédia vivida hoje na Áustria é uma lembrança dos desafios que a Europa enfrenta.
"Temos uma obrigação moral e legal de proteger os refugiados", destacou Mogherini, reivindicando um "enfoque europeu" para enfrentar a chegada de pessoas de áreas de conflito.
Mogherini acrescentou que já se está trabalhando em novas propostas e citou a elaboração de "uma lista comum de países de origem seguros e um mecanismo de recolocação".
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