Ban Ki-moon sugere que ONU tenha uma mulher como secretária-geral
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou nesta quarta-feira (16) que está na hora de os países da organização considerarem uma mulher para sucedê-lo no cargo ao término de seu mandato, no fim de 2016.
"Acho que já é hora de os Estados-membros discutirem e considerarem esse desejo de muitos", disse Ban em referência aos diversos pedidos para que uma mulher lidere as Nações Unidas.
O diplomata coreano lembrou que os oito secretários-gerais que já passaram pela ONU foram homens e argumentou que há muitas mulheres "qualificadas, com experiência e comprometidas" que poderiam desempenhar essa função.
Ban lembrou que a decisão cabe exclusivamente aos Estados-membros. A ideia de uma mulher finalmente comandar as Nações Unidas já foi proposta em processos seletivos anteriores, mas ganhou força nos últimos meses.
Países como a Colômbia iniciaram campanhas para que Ban seja sucedido por uma secretária-geral e vários veículos da imprensa internacional defenderam a ideia, entre eles o jornal americano "The New York Times" em um editorial publicado em agosto.
A princípio, segundo a tradicional rotação por regiões, Ban Ki-moon deveria ser sucedido por alguém dos países do Leste Europeu, por isso aparece com força o nome de Irina Bokova, ex-ministra das Relações Exteriores búlgara e atual diretora geral da Unesco.
O processo de seleção também promete ser mais transparente do que nunca, depois que na semana passada a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução em que estabelece que os candidatos poderão ser entrevistados pelo órgão.
Anteriormente, o processo era habitualmente determinado por discussões a portas fechadas entre os membros do Conselho de Segurança, que uma vez de acordo encaminhavam o nome à Assembleia Geral para sua aprovação.
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