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Coreia do Norte tacha "EUA primeiro" de Trump de nazismo contemporâneo

26/06/2017 22h57

Seul, 27 jun (EFE).- A Coreia do Norte criticou nesta terça-feira (data local) a política de "Estados Unidos primeiro" do presidente americano Donald Trump em uma nota publicada por sua agência de notícias estatal, na qual qualificou esta ideologia de "nazismo" do século XXI.

"A ideia (de EUA primeiro) é a versão americana do nazismo, ultrapassando amplamente os movimentos fascistas do século passado na sua natureza feroz, brutal e chauvinista", afirma o breve texto da agência de notícias norte-coreana "KCNA".

Segundo Pyongyang, a política nacionalista defendida pelo governo do presidente americano procura "sufocar" outros países em benefício próprio por meio da "agressão extrema", tal como quis fazer Adolf Hitler.

Através desta política, Washington não reconhece o direito "à independência e ao desenvolvimento" de outros países, como a Coreia do Norte, conclui o texto.

A nota de "KCNA" foi divulgada depois que Trump voltou a elevar na segunda-feira na Casa Branca o tom da sua retórica com a Coreia do Norte.

No marco de algumas declarações realizadas após reunir-se com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, o presidente americano disse que o regime de Kim Jong-un "está gerando tremendos problemas", algo que segundo ele deve ser "abordado provavelmente com rapidez".

Além disso, Trump pretende receber em Washington durante dois dias nesta semana o novo presidente sul-coreano, Moon Jae-in.

O programa nuclear e de mísseis da Coreia do Norte será sem dúvida o principal ponto de um encontro em que ambos líderes tentarão balizar seus respectivos enfoques.

Enquanto Trump defende exercer a "máxima pressão" sobre Pyongyang para depois buscar a aproximação, Moon parece apostar em uma aproximação mais incondicional, ainda que mantendo os duros pacotes de sanções impostas à Coreia do Norte pela ONU.

Em todo caso, o regime norte-coreano respondeu ao longo dos últimos meses com uma intensificação de seus testes de armas e insistido que o seu programa nuclear é inegociável, o que contribuiu para crispar ainda mais os ânimos na região.