Macri diz que setor da oposição prefere que Odebrecht não faça delação
Buenos Aires, 12 jul (EFE).- O presidente da Argentina, Mauricio Macri, lamentou nesta quarta-feira que o Congresso tenha excluído um artigo de um projeto de lei de responsabilidade penal para empresas que previa delações premiadas, acusando parte da oposição de temer que a Odebrecht fale sobre as propinas pagas no país.
Na última semana, a Câmara dos Deputados da Argentina aprovou um projeto de lei elaborado pelo governo que faz com que empresas tenham responsabilidade penal, mas excluiu um artigo que abria a possibilidade que as companhias fornecessem informações sobre os casos em troca de benefícios judiciais.
Em uma entrevista coletiva, Macri lamentou que um setor da oposição vetasse o artigo. Segundo o presidente, ele permitiria que empresas como a Odebrecht contribuíssem com informações sobre as propinas pagas no passado e acusou os deputados que barraram a inclusão da delação de "preferir" que a empreiteira não fale.
"Primeiro, temos que saber o que ocorreu no passado e quem recebeu as propinas que já sabemos que a empresa pagou", disse Macri em referência a Odebrecht, que reconheceu em dezembro de 2016 ter pago US$ 35 milhões no país para obter contratos de obras públicas.
Para Macri, os deputados que votaram contra o artigo estão ao lado da procuradora-geral do Estado, Alejandra Gills Carbó, acusada pelo presidente de ser uma militante kirchnerista que obstrui todos os casos de corrupção que afetam o governo de Cristina Kirchner.
"Ela não é uma procuradora imparcial, é uma militante política que obstruiu os fatos de corrupção dos governos anteriores e promoveu com seus promotores dezenas de casos contra o nosso governo, sem fundamentos na maioria dos casos", afirmou.
Macri criticou a decisão de Gils Carbó de continuar no cargo e lembrou que o presidente é quem propõe um nome para a Procuradoria-Geral, que depois é aprovado pelo Congresso.
Um dos casos por corrupção do governo anterior citado pelo presidente é o que investiga o ex-ministro de Planejamento Federal Julio de Vido, acusado de irregularidades na dotação de subsídios para combustível no serviço de transporte público.
De Vido, que tem foro privilegiado por ter sido eleito deputado, acusou o governo de Macri de persegui-lo politicamente na Justiça e fez ameaças de revelar escândalos contra a família do presidente.
O presidente parabenizou um promotor que intimou De Vido a "contar as coisas que têm que contar" e acusou o deputado de "fazer parte desse sistema que utilizou obras públicas e energia para desviar recursos".
"O meu compromisso é que aqui não haja privilégios e que todos que tenhamos que responder perante a lei", concluiu.
Na última semana, a Câmara dos Deputados da Argentina aprovou um projeto de lei elaborado pelo governo que faz com que empresas tenham responsabilidade penal, mas excluiu um artigo que abria a possibilidade que as companhias fornecessem informações sobre os casos em troca de benefícios judiciais.
Em uma entrevista coletiva, Macri lamentou que um setor da oposição vetasse o artigo. Segundo o presidente, ele permitiria que empresas como a Odebrecht contribuíssem com informações sobre as propinas pagas no passado e acusou os deputados que barraram a inclusão da delação de "preferir" que a empreiteira não fale.
"Primeiro, temos que saber o que ocorreu no passado e quem recebeu as propinas que já sabemos que a empresa pagou", disse Macri em referência a Odebrecht, que reconheceu em dezembro de 2016 ter pago US$ 35 milhões no país para obter contratos de obras públicas.
Para Macri, os deputados que votaram contra o artigo estão ao lado da procuradora-geral do Estado, Alejandra Gills Carbó, acusada pelo presidente de ser uma militante kirchnerista que obstrui todos os casos de corrupção que afetam o governo de Cristina Kirchner.
"Ela não é uma procuradora imparcial, é uma militante política que obstruiu os fatos de corrupção dos governos anteriores e promoveu com seus promotores dezenas de casos contra o nosso governo, sem fundamentos na maioria dos casos", afirmou.
Macri criticou a decisão de Gils Carbó de continuar no cargo e lembrou que o presidente é quem propõe um nome para a Procuradoria-Geral, que depois é aprovado pelo Congresso.
Um dos casos por corrupção do governo anterior citado pelo presidente é o que investiga o ex-ministro de Planejamento Federal Julio de Vido, acusado de irregularidades na dotação de subsídios para combustível no serviço de transporte público.
De Vido, que tem foro privilegiado por ter sido eleito deputado, acusou o governo de Macri de persegui-lo politicamente na Justiça e fez ameaças de revelar escândalos contra a família do presidente.
O presidente parabenizou um promotor que intimou De Vido a "contar as coisas que têm que contar" e acusou o deputado de "fazer parte desse sistema que utilizou obras públicas e energia para desviar recursos".
"O meu compromisso é que aqui não haja privilégios e que todos que tenhamos que responder perante a lei", concluiu.
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