Mercosul espera avanços democráticos na Venezuela para reintegrá-la
Brasília, 21 dez (EFE).- Os presidentes dos países do Mercosul condicionaram nesta quinta-feira a avanços democráticos o possível regresso da Venezuela ao bloco, do qual foi suspenso em agosto pelo que consideraram uma "ruptura democrática", numa cúpula em Brasília na qual só o boliviano Evo Morales divergiu sobre o assunto.
Enquanto os presidentes de Brasil, Michel Temer; Argentina, Mauricio Macri, e Paraguai, Horacio Cartes, disseram esperar avanços no diálogo que o Governo e a oposição da Venezuela tentam em Santo Domingo para solucionar a crise política do país, Morales disse que não entendia a ausência de um membro na cúpula.
O único que se absteve de se pronunciar sobre o assunto na Cúpula desta quinta-feira em Brasília foi o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, cujo país foi o que mais resistiu à suspensão da Venezuela do bloco.
Temer, no discurso inaugural, afirmou que o Mercosul "está do lado da separação de poderes, da liberdade de expressão e dos direitos humanos", e expressou seu desejo de que, "uma vez que consiga recuperar a democracia, a Venezuela "retorne ao bloco".
Segundo Temer, "a democracia foi recuperada na região com um grande esforço e defendê-la não é impor políticas a ninguém, mas sim manter fidelidade aos compromissos assumidos pelo Mercosul e sobretudo quando princípios fundamentais são postos em xeque".
O presidente paraguaio, por sua vez, disse ter "a esperança" de que a Venezuela chegue a "um acordo político" para restabelecer o marco de direito, condição necessária para que o país possa retornar ao Mercosul.
"Quero transmitir a minha mensagem de solidariedade e acompanhamento ao povo venezuelano. Desde o Mercosul reiteremos o nosso compromisso com a defesa dos Direitos Humanos, da liberdade dos presos políticos e a pronta adoção de um calendário eleitoral que garanta um processo transparente", disse da sua parte o chefe de Estado da Argentina.
O ministro de Relações Exteriores do Chile, Arauto Muñoz, que encabeçou a delegação do seu país na cúpula de Brasília, disse que, apesar de nos últimos dias terem sido registrados avanços para um possível acordo entre Governo e oposição, ainda é necessário "esperar sinais claros da Venezuela para uma saída pacífica e democrática" da sua crise política.
O Chile é um dos países associados ao Mercosul, o mesmo status da Bolívia, mas é o único que acompanha como observador os diálogos dos venezuelanos na República Dominicana.
De acordo com Muñoz, apesar dos avanços, a possibilidade de um acordo é dificultada por decisões como a que adotou esta semana a Assembleia Constituinte de eliminar num ato unilateral a prefeitura de Caracas, que estava nas mãos da oposição, e de deixar na ilegalidade os partidos que não participaram nas eleições municipais recentes.
"Se isso continuar acontecendo, então, a última reunião, no dia 12 de janeiro, será a última oportunidade de uma saída pacífica e política para a crise que estamos vendo", disse.
"Estivemos fazendo todos os esforços, mas no final são os venezuelanos que devem decidir seu futuro e nos preocupam estes sinais", acrescentou o chanceler chileno.
Morales foi o único que defendeu a reintegração da Venezuela ao Mercosul.
"Fazemos um apelo para unir a Venezuela a estas cúpulas tão importantes. Não entendemos como um estado-membro está ausente", afirmou o presidente boliviano, um aliado incondicional do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Morales afirmou que a região não pode ignorar que há um ataque da mídia e de alguns países contra a Venezuela. "Não podemos deixar que isso continue. Temos que ser solidário com a Venezuela ", afirmou.
Igualmente pediu a Temer que o Brasil lidere um processo de apoio ao diálogo venezuelano em Santo Domingo. "O melhor caminho para resolver os problemas políticos é o diálogo. Temos que implementar o diálogo para resolver os nossos problemas", disse Morales.
Enquanto os presidentes de Brasil, Michel Temer; Argentina, Mauricio Macri, e Paraguai, Horacio Cartes, disseram esperar avanços no diálogo que o Governo e a oposição da Venezuela tentam em Santo Domingo para solucionar a crise política do país, Morales disse que não entendia a ausência de um membro na cúpula.
O único que se absteve de se pronunciar sobre o assunto na Cúpula desta quinta-feira em Brasília foi o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, cujo país foi o que mais resistiu à suspensão da Venezuela do bloco.
Temer, no discurso inaugural, afirmou que o Mercosul "está do lado da separação de poderes, da liberdade de expressão e dos direitos humanos", e expressou seu desejo de que, "uma vez que consiga recuperar a democracia, a Venezuela "retorne ao bloco".
Segundo Temer, "a democracia foi recuperada na região com um grande esforço e defendê-la não é impor políticas a ninguém, mas sim manter fidelidade aos compromissos assumidos pelo Mercosul e sobretudo quando princípios fundamentais são postos em xeque".
O presidente paraguaio, por sua vez, disse ter "a esperança" de que a Venezuela chegue a "um acordo político" para restabelecer o marco de direito, condição necessária para que o país possa retornar ao Mercosul.
"Quero transmitir a minha mensagem de solidariedade e acompanhamento ao povo venezuelano. Desde o Mercosul reiteremos o nosso compromisso com a defesa dos Direitos Humanos, da liberdade dos presos políticos e a pronta adoção de um calendário eleitoral que garanta um processo transparente", disse da sua parte o chefe de Estado da Argentina.
O ministro de Relações Exteriores do Chile, Arauto Muñoz, que encabeçou a delegação do seu país na cúpula de Brasília, disse que, apesar de nos últimos dias terem sido registrados avanços para um possível acordo entre Governo e oposição, ainda é necessário "esperar sinais claros da Venezuela para uma saída pacífica e democrática" da sua crise política.
O Chile é um dos países associados ao Mercosul, o mesmo status da Bolívia, mas é o único que acompanha como observador os diálogos dos venezuelanos na República Dominicana.
De acordo com Muñoz, apesar dos avanços, a possibilidade de um acordo é dificultada por decisões como a que adotou esta semana a Assembleia Constituinte de eliminar num ato unilateral a prefeitura de Caracas, que estava nas mãos da oposição, e de deixar na ilegalidade os partidos que não participaram nas eleições municipais recentes.
"Se isso continuar acontecendo, então, a última reunião, no dia 12 de janeiro, será a última oportunidade de uma saída pacífica e política para a crise que estamos vendo", disse.
"Estivemos fazendo todos os esforços, mas no final são os venezuelanos que devem decidir seu futuro e nos preocupam estes sinais", acrescentou o chanceler chileno.
Morales foi o único que defendeu a reintegração da Venezuela ao Mercosul.
"Fazemos um apelo para unir a Venezuela a estas cúpulas tão importantes. Não entendemos como um estado-membro está ausente", afirmou o presidente boliviano, um aliado incondicional do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Morales afirmou que a região não pode ignorar que há um ataque da mídia e de alguns países contra a Venezuela. "Não podemos deixar que isso continue. Temos que ser solidário com a Venezuela ", afirmou.
Igualmente pediu a Temer que o Brasil lidere um processo de apoio ao diálogo venezuelano em Santo Domingo. "O melhor caminho para resolver os problemas políticos é o diálogo. Temos que implementar o diálogo para resolver os nossos problemas", disse Morales.
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