Pentágono comunica à Casa Branca suas recomendações sobre transexuais
Washington, 23 fev (EFE).- O secretário de Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, transmitiu nesta sexta-feira à Casa Branca suas recomendações sobre a presença de transexuais nas forças armadas, embora o Pentágono não tenha esclarecido seu conteúdo.
"O secretário de Defesa enviou nesta sexta-feira pela manhã suas recomendações sobre as pessoas transgênero no exército à Casa Branca", confirmou à Agência Efe o major Adrian Rankine-Galloway, porta-voz do Pentágono.
Fontes do Pentágono consultadas pela Efe se recusaram a comentar o conteúdo da recomendação, uma vez que estas foram transmitidas em uma "conversa privada" entre Mattis e o presidente Donald Trump.
Apesar de não saber o conteúdo desta conversa, a imprensa local informou que a proposta do secretário seria permitir que os transexuais possam seguir fazendo parte das forças armadas, como decretou em 2016 o então presidente Barack Obama.
A ordem executiva de Obama não estabelecia nenhum critério sobre o alistamento de pessoas transgênero, com a intenção que fosse o Congresso que regularizasse este ponto.
No entanto, longe de avançar por este caminho, em julho deste ano, Trump anunciou sua intenção de vetar a presença de transexuais nas forças armadas americanas.
"Após consultar com meus generais e com analistas militares, o governo dos EUA não aceitará ou permitirá que indivíduos transgênero sirvam, de nenhuma maneira, no exército. Nossa vitória não pode ver-se lastrada pelo tremendo custo médico nem pelo transtorno que sua presença representaria para nossas tropas", afirmou então.
Já em agosto, a Casa Branca deu instruções ao Departamento de Defesa para que implementasse de maneira imediata uma legislação que impedisse o alistamento de transexuais, assim como para encontrar uma saída para aquelas pessoas transgênero que já fizessem parte do exército.
Esta decisão, mais tarde, representou uma autêntica dor de cabeça para o presidente, já que, além de gerar a previsível rejeição de vários grupos sociais, foi bloqueada pela Justiça por considerar que atentava contra os direitos constitucionais por tratar-se de uma medida discriminatória.
Além disso, nesta semana foi revelado um e-mail escrito em julho pelo chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, o general Joseph Dunford, e dirigido a vários altos comandantes, no qual lhes advertia que, ao contrário do afirmado por Trump, em nenhum momento a Casa Branca lhe tinha consultado sobre o assunto.
"Acredito que qualquer indivíduo que reúna os padrões físicos e mentais necessários, e que, além disso, esteja disposto a ser destinado a qualquer parte do mundo e já esteja servindo, deveria ter a oportunidade de continuar no exército", declarou Dunford no ano passado em pronunciamento no Congresso.
Em 2016 o número de transexuais que serviam no exército dos Estados Unidos oscilava entre 1.300 e 6.600 dentro de um total de 1,3 milhão de integrantes do corpo militar, de acordo com um estudo encomendado pelo Pentágono.
"O secretário de Defesa enviou nesta sexta-feira pela manhã suas recomendações sobre as pessoas transgênero no exército à Casa Branca", confirmou à Agência Efe o major Adrian Rankine-Galloway, porta-voz do Pentágono.
Fontes do Pentágono consultadas pela Efe se recusaram a comentar o conteúdo da recomendação, uma vez que estas foram transmitidas em uma "conversa privada" entre Mattis e o presidente Donald Trump.
Apesar de não saber o conteúdo desta conversa, a imprensa local informou que a proposta do secretário seria permitir que os transexuais possam seguir fazendo parte das forças armadas, como decretou em 2016 o então presidente Barack Obama.
A ordem executiva de Obama não estabelecia nenhum critério sobre o alistamento de pessoas transgênero, com a intenção que fosse o Congresso que regularizasse este ponto.
No entanto, longe de avançar por este caminho, em julho deste ano, Trump anunciou sua intenção de vetar a presença de transexuais nas forças armadas americanas.
"Após consultar com meus generais e com analistas militares, o governo dos EUA não aceitará ou permitirá que indivíduos transgênero sirvam, de nenhuma maneira, no exército. Nossa vitória não pode ver-se lastrada pelo tremendo custo médico nem pelo transtorno que sua presença representaria para nossas tropas", afirmou então.
Já em agosto, a Casa Branca deu instruções ao Departamento de Defesa para que implementasse de maneira imediata uma legislação que impedisse o alistamento de transexuais, assim como para encontrar uma saída para aquelas pessoas transgênero que já fizessem parte do exército.
Esta decisão, mais tarde, representou uma autêntica dor de cabeça para o presidente, já que, além de gerar a previsível rejeição de vários grupos sociais, foi bloqueada pela Justiça por considerar que atentava contra os direitos constitucionais por tratar-se de uma medida discriminatória.
Além disso, nesta semana foi revelado um e-mail escrito em julho pelo chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, o general Joseph Dunford, e dirigido a vários altos comandantes, no qual lhes advertia que, ao contrário do afirmado por Trump, em nenhum momento a Casa Branca lhe tinha consultado sobre o assunto.
"Acredito que qualquer indivíduo que reúna os padrões físicos e mentais necessários, e que, além disso, esteja disposto a ser destinado a qualquer parte do mundo e já esteja servindo, deveria ter a oportunidade de continuar no exército", declarou Dunford no ano passado em pronunciamento no Congresso.
Em 2016 o número de transexuais que serviam no exército dos Estados Unidos oscilava entre 1.300 e 6.600 dentro de um total de 1,3 milhão de integrantes do corpo militar, de acordo com um estudo encomendado pelo Pentágono.
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