Rússia nega ter envenenado ex-espião e faz críticas ao Reino Unido no Conselho de Segurança da ONU
A Rússia voltou a afirmar nesta quarta-feira (14), durante reunião no Conselho de Segurança da ONU, que não tem envolvimento com o envenenamento do ex-espião Sergei Skripal e sua filha em uma cidade britânica, acusando o Reino Unido de fazer propaganda em vez de buscar a verdade sobre o caso.
"A última coisa na qual as autoridades do Reino Unido estão interessadas é em encontrar a verdade", disse o embaixador russo na ONU, Vasyl Nebenzia.
As declarações do diplomata russo foram feitas durante uma sessão do Conselho de Segurança da ONU convocada pelo Reino Unido para informar sobre o envenenamento e pedir apoio da comunidade internacional contra o Kremlin.
Na reunião, o Reino Unido acusou a Rússia de estar por trás da "tentativa de assassinato" de Skripal e de sua filha. E também disse que o Kremlin "colocou em risco vidas britânicas".
Na resposta, Nebenzia atacou o Reino Unido e sugeriu que o governo britânico pode ter utilizado o agente nervoso, identificado pelo país como a substânica "Novichok", de origem russa.
"Se o Reino Unido está tão convencido que é o 'Novichok', então é porque eles têm amostras (da substância), têm a fórmula e são capazes de produzi-la", afirmou o diplomata russo.
Nebenzia afirmou que o Reino Unido não apresentou nenhuma prova contra a Rússia e disse que o Kremlin concorda com a realização de uma investigação imparcial por não ter "nada para esconder".
O representante russo da ONU também disse que seu país não aceitará nenhum ultimato do Reino Unido, reiterando que as acusações britânicas são uma provocação nas vésperas das eleições presidenciais do próximo domingo.
"O Reino Unido está usando táticas de guerra de propaganda para influenciar um público não muito educado", afirmou o diplomata.
Em um longo discurso, Nebenzia também fez críticas à embaixadora americana, Nikki Haley, que pouco antes afirmou que a Rússia era responsável pelo envenenamento.
O diplomata russo ironizou Haley, perguntando se a embaixadora americana era especialista em química, e a criticou por ter ido mais longe do que May nas acusações contra a Rússia.
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