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Sobe para 14 mortos em terremoto na Indonésia; mais de 100 pessoas ficaram feridas

Homem caminha sobre escombros de uma casa durante busca por pertences dos turistas malaios que morreram no terremoto no vilarejo de Sembalun Selong, em Lombok, Indonesia - Ahmad Subaidi/Antara Foto/Reuters
Homem caminha sobre escombros de uma casa durante busca por pertences dos turistas malaios que morreram no terremoto no vilarejo de Sembalun Selong, em Lombok, Indonesia Imagem: Ahmad Subaidi/Antara Foto/Reuters

Em Jacarta

29/07/2018 08h17

Um forte terremoto de magnitude 6,4 sacudiu na manhã deste domingo a ilha turística de Lombok, no leste da Indonésia, onde 14 pessoas morreram e 162 ficaram feridas.

O abalo sísmico de aproximadamente dez segundos de duração surpreendeu muitos moradores, que ainda estavam dormindo e tiveram que deixar seus lares com pressa diante do temor de desabamentos.

Milhares de edifícios sofreram danos e mais de 6.200 famílias foram afetadas pelo tremor, segundo o último balanço da Agência Nacional de Gestão de Desastres (BNPB, na sigla em indonésio) do país.

A região leste de Lombok foi a que registrou o maior número de vítimas mortais (com dez, nove indonésios e uma pessoa da Malásia), enquanto as quatro restantes (todos locais) ocorreram na parte sul da ilha.

Além disso, 105 feridos permanecem em estado grave, enquanto as autoridades continuam com o levantamento de vítimas e danos.

Várias pessoas estão sendo atendidas no chão ou em macas na parte externa de um hospital no município de Sembalun, onde foi localizado o epicentro do tremor, como mostra um vídeo gravado por testemunhas.

O interior do centro de saúde, que está cheio de escombros e com fissuras nas paredes, não é seguro diante do risco de que uma das réplicas do terremoto, das quais foram registradas 124 até agora, provoque o colapso do edifício.

A BNPB informou que há necessidade de profissionais de saúde e de equipes médicas, macas e comida, enquanto agências como a Cruz Vermelha enviaram cobertores, lonas impermeáveis, sacos de dormir e pacotes de ajuda para as famílias atingidas.

Não obstante, o porta-voz da BNPB, Sutopo Purwo Nugroho, indicou que apesar do desabamento de uma centena de edifícios, a infraestrutura da ilha, como o sistema elétrico, de telecomunicações e estradas, continua funcionando em geral.

Além disso, Sutopo indicou que o acesso ao vulcão ativo Rinjani, uma das atrações turísticas de Lombok, foi fechado devido a deslizamentos de terra, o que levou à evacuação de 826 montanhistas, entre nacionais e estrangeiros.

A vítima de nacionalidade malaia é uma mulher de 30 anos que morreu depois que o edifício em que estava alojada desabou. Ela tinha a intenção de subir o vulcão junto com outros montanhistas.

O terremoto também foi sentido nas ilhas vizinhas de Bali, a oeste de Lombok e principal destino turístico do país, e Sumbawa, a leste do epicentro e onde alguns edifícios desabaram.

A Indonésia está localizada sobre o chamado "Anel de Fogo do Pacífico", uma área de grande atividade sísmica e vulcânica que é sacudida todos os anos por cerca de 7 mil tremores, a maioria deles moderados.