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Concessionária criará fundo de 500 milhões de euros para compensar afetados por acidente na Itália

Gênova se despede de vítimas de desabamento de ponte e pede justiça

Efe

EFE*

18/08/2018 14h39

O diretor executivo da concessionária de rodovias Autostrade per l'Italia, Giovanni Castellucci, anunciou neste sábado (18) a criação de um fundo com ao menos 500 milhões de euros para compensar as pessoas que foram afetadas pelo desmoronamento da ponte Morandi na cidade italiana de Gênova na terça-feira passada.

Castelucci e o presidente da Autostrade, Fabio Cerchiai, concederam entrevista coletiva e pediram "perdão" para caso não tenham sido capazes de mostrar solidariedade e luto pelos 43 mortos no incidente.

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Os dirigentes anunciaram que será disponibilizado um fundo, inicialmente com 500 milhões de euros e gerenciado pela prefeitura de Gênova, para indenizar as pessoas que precisaram ser desalojadas.

De acordo com os diretores da Autostrade, que pertence ao conglomerado Atlantia, o trecho quebrado da ponte, vital para a círculação no noroeste do país e na cidade, poderá ser reconstruído com uma nova ponte de aço em oito meses.

"Queremos fazer e faremos tudo o que for possível para aliviar o sofrimento da cidade. Não queremos falar de custos, é mais relevante o aspecto técnico. Já estamos trabalhando para a reconstrução e contar despesas não é a nossa prioridade", garantiu Castelucci.

O executivo não quis comentar a decisão do governo italiano de abrir um processo para retirar da Autostrade a concessão de gestão das rodovias italianas por considerá-la culpada pelo acidente devido à falta de manutenção da ponte.

A respeito da responsabilidade da assinatura no desmoronamento, Castelucci afirmou que "todos os relatórios que foram feitos" sobre a ponte Morandi "mostravam que estava tudo bem", mas que "os peritos e a análise jurídica se ocuparão disso".

Ambos os dirigentes enfatizaram que a ponte, dos anos 60, não foi construída pela empresa e portanto "será preciso ver como foi construída e outros elementos para poder definir as responsabilidades neste acidente, que tem que ser investigado a fundo".

Verba à Gênova

O governador da Ligúria, na Itália, Giovanni Toti, anunciou neste sábado (18) que o município de Gênova, na Itália, terá mais 28,5 milhões de euros, além dos cinco já alocados, para ajudar nas primeiras intervenções na região depois do desabamento da Ponte Morandi, que deixou 43 mortos.   

A decisão foi revelada após o conselho extraordinário de ministros. "Precisávamos urgentemente de atualizar a ordem com a qual o estado de emergência foi decretado para questões que não estavam contidas lá", disse Toti, ressaltando que "o decreto foi complementado por transporte rodoviário".   

Nesta manhã, o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, pediu flexibilidade para o investimento em infraestrutura. "Se eu puder dar conselhos ao governo, pedir flexibilidade para a infraestrutura e permitir que Gênova volte a ser protagonista e competitiva", afirmou.   

Tajani se reuniu com Toti e com o prefeito de Gênova, Marco Bucci, para abordar as possibilidades de usar fundos europeus para contribuir para o desenvolvimento do porto da cidade e o renascimento da área afetada pelo desastre. 

*Com Ansa