Forças Armadas da Venezuela dizem não aceitar "presidente autoproclamado"
Caracas, 24 jan (EFE).- A Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) da Venezuela disse nesta quinta-feira em comunicado lido pelo ministro da Defesa, Vladimir Padrino, que não aceitará um "presidente autoproclamado" nem se subordinará "a uma potência estrangeira", além de ter rejeitado os "grosseiros atos de ingerência" de alguns governos.
A nota, divulgada no dia seguinte ao que o líder do parlamento venezuelano, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente em exercício do país ao não reconhecer Nicolás Maduro como chefe de Estado, afirma que a FANB não aceitará "jamais" um governante "imposto à sombra de interesses obscuros".
A instituição militar rejeita o que considera "ações ilegais com as quais se busca instalar um governo paralelo" na Venezuela, "assim como os aleivosos chamados de alguns setores" para afastá-la da "trilha democrática".
"Rejeitamos do modo mais enérgico possível os grosseiros atos de ingerência realizados por governos estrangeiros os quais consideramos desrespeitosos do direito internacional e do princípio de autodeterminação dos povos, sendo, além disso, ofensivos à dignidade dos venezuelanos", destaca o comunicado.
Além disso, a nota assegura que a FANB vai garantir "a paz cidadã e o correto funcionamento das instituições do Estado" e não tolerará "atos de vandalismo ou terroristas por parte de grupos que promovam a violência como perverso mecanismo para alcançar seus fins".
Finalmente, reitera que reconhece como Maduro "legítimo presidente", após ter sido eleito "pela grande maioria dos eleitores em eleições livres, universais diretas e secretas realizadas em 20 de maio de 2018".
Antes de ler o comunicado, Padrino denunciou um "golpe de Estado" ao se referir à autoproclamação de Guaidó como "presidente em exercício", um fato que considerou "reprovável". EFE
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