Maduro enfrenta protestos na madrugada desta quinta; pelo menos 13 morreram
O governo da Venezuela enfrentou durante as primeiras horas da madrugada desta quinta-feira (24), e pelo terceiro dia consecutivo, protestos de cidadãos em bairros populares de Caracas, antes considerados bastiões do chavismo, que governa o país desde 1999.
A ONG Provea informou que por volta de 1h (horário local, 3h de Brasília), foram registrados no oeste e centro de Caracas pelo menos 15 manifestações distintas que as forças de segurança tentavam dispersar com o uso de gás lacrimogêneo e balas de borracha.
Os protestos no centro de Caracas, sede dos poderes públicos da Venezuela, se intensificaram na última segunda-feira (21) quando dezenas de membros da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) se rebelaram contra o presidente Nicolás Maduro e pediram apoio cidadão, antes de serem rendidos e presos.
No mesmo dia, ocorreram dezenas de manifestações que reivindicavam o fim da crise. Desde então, mais de 50 protestos ocorreram apenas em Caracas, e um número indeterminado no resto do país.
O número dois do chavismo e chefe da Assembleia Nacional Constituinte (ANC), Diosdado Cabello, disse hoje que os grupos que se manifestam são "pagos" e geram violência, como tem sido observado em alguns vídeos que circulam nas redes sociais.
Segundo a ONG Observatório Venezuelano de Conflito Social (OVCS), pelo menos 13 pessoas morreram em meio aos protestos, todas por "impacto de bala" e enquanto "participavam de manifestações pacíficas e foram atacadas por agentes da polícia ou grupos paramilitares".
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