Fotógrafo da Agência Efe desaparece ao cobrir protestos em Caracas
(Atualiza com novos dados).
Caracas, 30 jan (EFE).- O fotojornalista de nacionalidade colombiana da Agência Efe Leonardo Muñoz desapareceu junto ao motorista venezuelano José Salas nesta quarta-feira em Caracas, onde desenvolvia seu trabalho profissional em meio à crise que assola a Venezuela.
O Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa da Venezuela (SNTP) disse na sua conta do Twitter que está em "alerta pela possível detenção" de Muñoz, já que asseguram que "colegas relatam que o teriam levado da praça Altamira" em Chacao, no leste de Caracas.
Muñoz chegou a Caracas no último dia 24 de janeiro junto a outros dois companheiros de Bogotá e passou pelos oportunos filtros migratórios para realizar seu trabalho na Venezuela.
A equipe foi registrada pelas autoridades no aeroporto internacional Simón Bolívar de Maiquetía, que serve Caracas, e ali declararam o trabalho jornalístico que realizariam na Venezuela.
Salas e Muñoz partiram no começo da manhã desta quarta-feira para trabalhar nas jornadas de protesto no leste de Caracas e a última vez que tiveram contato com seus companheiros foi por volta de 11h (horário local, 13h de Brasília).
As autoridades do país estão informadas do fato sem que até agora tenham dado alguma resposta a respeito.
Segundo o SNTP, a Direção de Contrainteligência Militar (DGCIM) "seria a responsável pelas detenções de outros repórteres", entre eles Muñoz.
Por isso, pediram que promotores do Ministério Público "sejam fiadores dos direitos e impeçam que prossigam as desaparições e detenções arbitrárias".
O advogado da Agência Efe se apresentou diante dos escritórios da DGCIM sem que até o momento tenha obtido resposta sobre se Muñoz e Salas se encontram entre os detidos.
Na terça-feira, quatro jornalistas, dois venezuelanos e dois chilenos, foram detidos quando cobriam a atividade de vigília convocada pelo governante Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) nas imediações do Palácio de Miraflores.
Os dois venezuelanos, Maiker Yriarte e Ana Rodríguez, foram libertados na manhã desta quarta-feira, enquanto, de acordo com a informação oferecida pelo SNTP, enquanto os chilenos Rodrigo Pérez e Gonzalo Barahona foram deportados.
Outros dois jornalistas franceses, que viajaram a Caracas para cobrir a crise política venezuelana, também foram detidos durante esta terça-feira, segundo denunciou o "Quotidien", programa transmitido pela emissora de televisão para a qual trabalham.
Segundo a emissora "Franceinfo", trata-se de Pierre Caillet e Baptiste dês Monstiers, que supostamente foram detidos enquanto gravavam no palácio presidencial de Miraflores em Caracas. EFE
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