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EUA ressaltam decisão de ingressar ajuda humanitária na Venezuela

14/03/2019 13h03

Washington, 14 mar (EFE).- O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, afirmou nesta quinta-feira que seu Governo está "decidido" a ingressar ajuda humanitária na Venezuela e prometeu que seguirá trabalhando com Brasil e Colômbia para devolver a "democracia" ao país caribenho.

Pompeo fez essas declarações em um vídeo de 52 segundos postado no Twitter da Casa Branca e no qual o titular de Relações Exteriores aparece olhando para a câmera com um traje escuro com uma bandeira americana na lapela.

"Tenho uma mensagem para o povo venezuelano. O povo americano está com vocês, estamos preparados para oferecer a ajuda humanitária que tanto merecem, seja comida ou remédios. Estamos decididos a fazê-la chegar, é o regime de Maduro que impediu", começou Pompeo em seu vídeo.

No vídeo, o chefe da diplomacia americana procura tranquilizar a oposição venezuelana e assegurar o apoio de Washington ao líder opositor Juan Guaidó, que se autodeclarou presidente interino em 23 de janeiro e obteve o reconhecimento de 54 países.

"Todos os senhores - afirmou Pompeo - pediram e exigiram democracia, pediram uma voz para poder ser ouvidos. Devem saber que o povo americano não titubeará".

"Manteremos nossos esforços e seguiremos trabalhando com o Brasil e com a Colômbia e todos os países na região que entendem a luta e que entendem que, francamente, o país tem uma longa, profunda e rica história que podemos recuperar", ressaltou Pompeo.

O tema da ajuda humanitária se transformou em um ponto de atrito na crise na Venezuela, pois o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, acredita que a ajuda poderia dar passagem a uma invasão estrangeira, enquanto Guaidó, com o apoio de EUA, Colômbia e Brasil, fez da assistência uma prioridade.

No dia 23 de fevereiro, a oposição, liderada por Guaidó e apoiada por centenas de voluntários civis, tentou introduzir na Venezuela toneladas de ajuda humanitária doada pelos EUA e que tinha sido armazenada no Brasil e na Colômbia, mas teve que enfrentar a oposição de Maduro, que fechou as fronteiras.

Os EUA foram a primeira nação a reconhecer Guaidó como líder interino e, desde então, tomou diferentes ações para pressionar Maduro, incluída o retirada de vistos para funcionários venezuelanos e sanções à empresa Petróleos da Venezuela (Pdvsa), principal fonte de divisas para Caracas. EFE