EUA sancionam empresas chinesas por comercializarem com a Coreia do Norte
Washington, 21 mar (EFE).- Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira sanções a duas empresas chinesas de navegação e sua frota de 12 navios por ajudarem a Coreia do Norte a burlar as sanções impostas a Pyongyang ao comercializarem com o regime.
"O Departamento do Tesouro continuará impondo as nossas sanções e estamos deixando explicitamente claro que as companhias de navegação que recorrerem a táticas enganosas para mascarar o comércio ilícito com a Coreia do Norte se arriscam", declarou o secretário do Departamento do Tesouro, Steven Mnuchin, em comunicado.
As duas empresas apontadas pelas autoridades americanas são Dalian Haibo International Freight Co. Ltd. (Dalian Haibo) e Liaoning Danxing International Forwarding Co. Ltd. (Liaoning Danxing), que, segundo Washington, têm sede na China.
O governo do presidente Donald Trump justificou a decisão nas sanções adotadas pelas Nações Unidas em setembro de 2018, cujo propósito era afogar economicamente a Coreia do Norte por seu programa nuclear mediante a adoção de sanções às importações de petróleo e derivados.
"Os EUA e nossos parceiros continuamos comprometidos com o objetivo de conseguir a desnuclearização completa e verificável da Coreia do Norte e acreditamos que a imposição plena das sanções do Conselho de Segurança da ONU é crucial para um resultado bem-sucedido", argumentou Mnuchin.
O assessor de segurança nacional da Casa Branca, John Bolton, afirmou no Twitter que "todo o mundo" deve considerar estas sanções.
"Grandes sanções do Tesouro hoje; a indústria marítima deve fazer mais para acabar com as práticas navais ilegais da Coreia do Norte. Todos devem tomar nota e revisar suas próprias ações para se certificarem de que não estão envolvidos na evasão de sanções à Coreia do Norte", escreveu Bolton.
Como consequência das medidas anunciadas nesta quinta-feira, estão congelados os ativos que as duas empresas possam ter sob jurisdição dos EUA e os cidadãos e empresas americanos estão proibidos de realizar qualquer tipo de transação financeira com elas. EFE
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