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Venezuela segue sem luz e governo suspende atividades em escolas

Nicolás Maduro - Miguel Gutiérrez/Efe
Nicolás Maduro Imagem: Miguel Gutiérrez/Efe

26/03/2019 10h53

O governo da Venezuela anunciou nesta terça-feira (26) a suspensão das atividades em centros de trabalho e escolas pelo blecaute que começou na noite de segunda-feira e que ainda persiste em todo país.

"O Governo Nacional decidiu a suspensão por 24 horas das atividades trabalhistas e educativas em todo o país", indicou o ministro de Comunicação Jorge Rodríguez.

Rodríguez acrescentou que o Governo faz "desde o mesmo momento dos ataques" todo o esforço "para restituir, o mais breve possível, o serviço elétrico em todo o território nacional".

A Venezuela permanece sem luz após os dois blecautes que ocorreram na segunda-feira, que o Governo de Maduro atribuiu a ataques contra o sistema elétrico.

O último corte de luz aconteceu às 21h50 local (22h50, em Brasília) e ainda continua em todo o país sem que até o momento haja informações oficiais sobre seu alcance.

Rodríguez indicou na noite da segunda-feira que este corte de fornecimento aconteceu por "um ataque de magnitude no pátio dos transformadores da usina hidrelétrica Guri" que "gerou uma queda da transmissão das linhas muito importantes" que são distribuídas desde a principal usina do país.

O presidente do Parlamento, Juan Guaidó, reconhecido como presidente encarregado da Venezuela por mais de meia centena de países, reagiu responsabilizando o regime de Nicolás Maduro.

"Mentem para não assumir a responsabilidade nesta crise homicida. E, além disso, estão pondo em risco o pouco que resta de pé da infraestrutura elétrica nacional", disse Guaidó na rede social Twitter.

Há duas semanas, o governo garantiu que o blecaute do dia 7 ocorreu devido a uma sabotagem à sala de controles da usina hidrelétrica de Guri, afirmando, além disso, que tinha ocorrido ataques "eletromagnéticos" contra o sistema elétrico.

A oposição venezuelana afirma que o Governo de Maduro é o responsável pelas falhas no sistema e apontou que a inaptidão e a má gestão dos milionários recursos destinados ao setor elétrico são as causas reais destes cortes.