Candidatos ao governo da Espanha participam de 2ª debate antes das eleições

Madri, 23 abr (EFE).- Os líderes dos quatro principais partidos da Espanha participarão nesta terça-feira do segundo debate televisionado antes das eleições legislativas do próximo domingo.

Quase 9 milhões de espanhóis acompanharam o primeiro debate, organizado ontem pela emissora de televisão estatal "RTVE".

Pedro Sánchez, atual presidente do governo e líder do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), estará mais uma vez frente a frente com seus três principais concorrentes: Pablo Casado, do Partido Popular (PP), o maior da oposição, Albert Rivera, do Ciudadanos, e Pablo Iglesias, do Unidas Podemos.

O debate desta noite está marcado para ocorrer às 22h locais (17h em Brasília) e será organizado pelo grupo "Atresmedia". O formato é o mesmo do organizado pela "RTVE" e será decisivo para captar os votos dos indecisos, faltando apenas cinco dias para as eleições.

Os candidatos participarão de três blocos temáticos: programa eleitoral; modelo territorial e Catalunha, e alianças políticas. Por sorteio, Sánchez será o primeiro a falar.

O Vox, partido de extrema-direita que ganhou força depois das eleições regionais do ano passado, participaria do evento do "Atresmidia". No entanto, após recurso apresentado pelos partidos PDECat e Coalizão Canária, a Junta Eleitoral Central decidiu que apenas partidos com presença no Parlamento poderão ter representantes nos debates para as eleições legislativas.

Ontem, os candidatos apresentaram seus planos de governo, mas focaram em defender a unidade da Espanha diante do desafio da independência da Catalunha. As alianças pós-eleições também foram abordadas no debate, mas os líderes dos quatro principais partidos evitaram dar respostas concretas para evitar perder votos.

As últimas pesquisas indicam uma possível vitória do PSOE, que passaria a ter mais cadeiras no parlamento, mas em número ainda insuficiente para conquistar a maioria e formar governo. Por isso, Sánchez precisará de alianças para continuar no poder.

A lei eleitoral da Espanha proíbe a divulgação de pesquisas cinco dias antes do pleito. Ontem, portanto, foi o último dia que a imprensa local pôde divulgar as intenções de voto dos eleitores.

A proibição dificultará avaliar o impacto dos debates sobre os cerca de 8 milhões de espanhóis que seguem indecisos. EFE