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Bolsonaro irá a fórum de negócios e seminário sobre defesa na Argentina

04/06/2019 16h44

Buenos Aires, 4 jun (EFE).- O presidente Jair Bolsonaro participará de um fórum de negócios com empresários da Argentina e de um seminário sobre o setor de defesa após a visita que fará ao presidente do país, Mauricio Macri, na quinta-feira.

Fontes da Casa Rosada revelaram à Agência Efe que a agenda de Bolsonaro começará logo pela manhã, pouco depois de chegar a Buenos Aires. O primeiro evento marcado será uma homenagem ao general José de San Martín, considerado pai da pátria argentina.

Na sequência, Bolsonaro será recebido por Macri na Casa Rosada, sede do governo do país vizinho. Esta será a segunda reunião entre eles, já que o presidente argentino veio ao Brasil em janeiro.

Os dois presidentes participarão de uma saudação oficial no Salão Branco, com a presença da imprensa, e posteriormente terão um encontro particular com a presença das respectivas primeiras-damas, Juliana Awada e Michelle Bolsonaro.

A previsão é que Macri e Bolsonaro façam uma declaração conjunta à imprensa, sem a abertura para perguntas de jornalistas, sobre os principais pontos e acordos discutidos na reunião, que será focada na agenda bilateral e interesses comuns no cenário internacional.

Como é habitual em visitas de Estado, Macri oferecerá um almoço no Museu da Casa Rosada a Bolsonaro, que também terá breve reunião com as autoridades do Legislativo e do Judiciário da Argentina.

À tarde, segundo as fontes ouvidas pela Efe, Bolsonaro participará de um evento de defesa, organizado pela embaixada do Brasil em Buenos Aires, e de um fórum de negócios com empresários argentinos, que será fechado à imprensa.

Os assuntos que devem dominar o encontro são a crise da Venezuela, já que Bolsonaro e Macri são dois dos presidentes mais críticos ao regime de Nicolás Maduro, e o estado das já avançadas negociações de um acordo comercial entre Mercosul e União Europeia.

Em entrevista à rádio "Cadena 3", o chanceler da Argentina, Jorge Faurie, destacou que as negociações avançaram especialmente depois da chegada da equipe econômica de Bolsonaro ao poder.

"Tivemos um avanço substancial por uma coincidência na visão de flexibilizar alguns aspectos relativos à tarefa externa e, sobretudo, de promover que determinados setores competitivos no Mercosul o sejam ainda mais. Isso permitiu que tivéssemos um avanço muito forte, sobretudo nas duas últimas reuniões técnicas", disse.

A primeira visita oficial de Bolsonaro à Argentina também será marcada por protestos contra o presidente brasileiro. Movimentos políticos, sociais e sindicais convocaram a população para se manifestar na Praça de Maio, onde fica a Casa Rosada. EFE