Venezuela diz que aprenderá com Irã como se defender das "agressões" dos EUA
A Venezuela defendeu na sexta-feira suas relações com o Irã, que desafia os Estados Unidos e disse que quer aprender com a nação persa sobre como se defender das "agressões" sofridas pelo governo de Nicolás Maduro.
O ministro das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, disse em declarações divulgadas pela TV estatal "VTV" que seu país tem "todo o direito" de se defender "das agressões" dos EUA e "aprender" como o Irã como contornar as sanções aplicadas pelo governo de Donald Trump contra vários funcionários venezuelanos, incluindo Maduro.
"O Irã tem décadas das chamadas sanções e conseguiu desenvolver suas indústrias em diversas áreas, incluindo a indústria militar", disse Arreaza, do aeroporto de Maiquetia, que serve Caracas, e onde recebeu o ministro das Relações Exteriores iraniano, Mohammad Javad Zarif.
"Nós temos muito que aprender de países que sofreram estes ataques durante tanto tempo", acrescentou o venezuelano.
Na quinta-feira, o vice-presidente americano, Mike Pence, expressou sua preocupação com a visita de Javad Zarif à Venezuela, onde participará da reunião ministerial do Movimento dos Países Não Alinhados neste fim de semana em Caracas.
"A viagem do chanceler iraniano Zarif à Venezuela nos lembra que as atividades desestabilizadoras do Irã vão muito além do Oriente Médio", escreveu Pence em sua conta no Twitter.
Mas Arreaza respondeu a essas acusações dizendo que Washington é quem "desestabiliza" e reiterando que Irã e Venezuela "têm todo o direito" de fortalecer e aprofundar sua relação.
"O único governo que está interessado em desestabilizar para impor seus critérios é o governo dos Estados Unidos da América", insistiu.
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