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Presidente da China fala em fortalecer aliança estratégica com Brasil após 45 anos de relações

O presidente chinês, Xi Jinping - Mark Schiefelbein/Pool/AP
O presidente chinês, Xi Jinping Imagem: Mark Schiefelbein/Pool/AP

16/08/2019 09h15

O presidente da China, Xi Jinping, pediu esforços a Jair Bolsonaro para "elevar a aliança estratégica integral a um nível mais alto" no 45° aniversário do estabelecimento das relações entre ambos os países, informou nesta sexta-feira o jornal "Diário do Povo".

"Desde que foram estabelecidos os laços bilaterais há 45 anos, a relação China-Brasil cresceu cada vez mais forte, com lucros frutíferos em todas as áreas e benefícios tangíveis para os povos de ambos os países", destacou Xi na carta enviada a Bolsonaro por ocasião da data.

O líder chinês afirmou que ambos são um "exemplo de unidade, cooperação e desenvolvimento partilhado entre países em vias de desenvolvimento" e falou do grande "potencial" que tem a cooperação bilateral para conseguir um "futuro promissor".

O "Diário do Povo" também divulgou as palavras de Bolsonaro, que disse que seu país está "orgulhoso" de que ambas as nações tenham marcado como objetivo o desenvolvimento mútuo e a cooperação bilateral.

"O comércio bilateral e o investimento mútuo cresceram continuamente e ambos os países desfrutam de uma boa cooperação em campos estratégicos como o espacial, o que reflete fielmente a natureza mutuamente beneficente da relação Brasil-China", indicou Bolsonaro, segundo o jornal.

Bolsonaro deve realizar uma visita oficial à China no final de outubro, enquanto o presidente da China, Xi Jinping, é esperado no Brasil para a cúpula de chefes de Estado dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, a China e a África do Sul) de novembro.

Estas visitas são vistas como oportunidades para reforçar a mensagem de unidade e cooperação lançada por ambos os líderes e para esquecer atritos passados.

Bolsonaro chegou a dizer no ano passado, durante a campanha eleitoral, que "a China não está comprando no Brasil, está comprando o Brasil".

No entanto, uma vez eleito nas urnas, manifestou a intenção de "seguir fazendo negócios com todo o mundo sem distinções ideológicas" e desde que assumiu o poder, em 1 de janeiro, suavizou ainda mais suas opiniões referentes ao gigante asiático.