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Coronavírus atinge zona do ebola na República Democrática do Congo

27.jul.2019 - Homem é vacinado contra Ebola no Congo - Anadolu Agency/Anadolu Agency via Getty Images
27.jul.2019 - Homem é vacinado contra Ebola no Congo Imagem: Anadolu Agency/Anadolu Agency via Getty Images

27/03/2020 21h06

Kinshasa, 27 mar (EFE).- O novo coronavírus chegou a região nordeste da República Democrática do Congo (RDC), que foi atingida por um surto de ebola durante mais de um ano e meio, informaram nesta sexta-feira as autoridades de saúde do país da África Central.

O secretário técnico do Comitê Nacional Multissetorial de Resposta ao Ebola da RDC, Jean-Jacques Muyembe, relatou o primeiro caso confirmado da Covid-19 na província de Ituri, uma das duas afetadas pela epidemia, juntamente com a vizinha Kivu do Norte, conforme corrigiu o Ministério da Saúde horas depois do anúncio.

"A origem do caso ainda está sob investigação", disse Muyembe, em comunicado divulgado nesta manhã.

Até o momento, a República Democrática do Congo, que na última terça-feira declarou estado de emergência e fechou as fronteiras nacionais para conter o coronavírus, confirmou 54 infecções e quatro mortes devido à doença.

A Covid-19 chegou ao país, enquanto as autoridades estão cautelosamente confiantes de que podem proclamar, na primeira quinzena de abril, o fim da epidemia do ebola, declarada em 1º de agosto de 2018.

No último dia 3, o último paciente infectado com a doença e que estava internado no nordeste da República Democrática do Congo recebeu alta de um centro médico na cidade de Beni, informou a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A OMS recomenda aguardar dois períodos completos de incubação (42 dias) após o último paciente tenha dado negativo pela segunda vez, antes de declarar o final do surto.

De acordo com os últimos números oficiais, os casos de contágio somam 3.444 pessoas (3.310 casos confirmados e 134 prováveis) e o número de mortes é estimado em 2.264, dos quais 2.130 deram positivo em exames laboratoriais.

O atual surto de ebola foi dificultado pela recusa de algumas comunidades em receber tratamento e insegurança na área, onde grupos armados e milícias rebeldes têm atacado centros de tratamento.