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Rússia negocia com EUA a libertação do 'mercador da morte'

Viktor Bout, apelidado de "mercador da morte", foi preso por agentes americanos - Rungroj Yongrit/EFE
Viktor Bout, apelidado de 'mercador da morte', foi preso por agentes americanos Imagem: Rungroj Yongrit/EFE

24/06/2020 18h34

O governo da Rússia está negociando a libertação de vários cidadãos presos nos Estados Unidos, com o traficante de armas Victor Bout, apelidado de "mercador da morte", segundo reconheceu hoje a Alta Comissária do país para os Direitos Humanos, Tatiana Moskalkova.

A informação foi veiculada pela agência de notícias local "Interfax", que conversou com a advogada e política russa, que preferiu não dar detalhes sobre as tratativas.

"Esse assunto é confidencial. As negociações ainda não terminaram", afirmou Moskalkova.

Na semana passada, a mulher de Bout se manifestou sobre o caso do marido e se mostrou disposta a falar com autoridades dos EUA para organizar uma troca por Paul Whelan, americano condenado recentemente na Rússia a 16 anos de prisão.

"Gostaria de lembrar que Victor está na prisão há dois anos e meio. Isso é, praticamente, a metade da condenação imposta", disse Alla Bout.

O governo da Rússia considera o processo contra o chamado "mercador da morte", um complô de serviços secretos, com acusação, entre outras, de conspirar a morte de americanos e venda de armas para as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos alega que Victor Bout, que negociou com os guerrilheiros colombianos 800 mísseis terra ar, 5 mil fuzis de assalto AK-47, explosivos C4 e minas terrestres, o que rendeu a ele alguns milhões de dólares.

Moskalkova ainda informou hoje que estão entre os presos listados no diálogo com os EUA, o piloto Konstantin Yaroshenko, condenado por tráfico de drogas.