Coronavírus: desfile na Rússia reúne milhares, apesar de 600 mil infectados
A Praça Vermelha, em Moscou, assistiu hoje ao desfile militar do Dia da Vitória, que marca os 75 anos da derrota da Alemanha nazista pela União Soviética na Segunda Guerra Mundial, com milhares de pessoas nas ruas, apesar dos mais de 600 mil casos de infectados pelo novo coronavírus no país.
O desfile é realizado todos os anos no dia 9 de maio, mas em 2020 foi postergado para o dia 24 de junho por causa da pandemia.
Milhares de russos ignoraram os pedidos para que ficassem em casa e se aglomeraram em torno da rua Tverskaya e perto do Kremlin, muitos sem usar máscaras de proteção, diz o site britânico The Guardian.
Além do desfile de tropas, também foram exibidos tanques de guerra e peças de artilharia.
Vladimir Putin, o presidente russo, convidou vários líderes estrangeiros e veteranos de guerra, grande parte na casa de seus 90 anos de idade, para participar da comemoração.
O presidente do Quirguistão, que viajou a Moscou para o desfile, afirmou que não iria comparecer porque dois membros de sua delegação deram positivo para covid-19.
Mais de 20 cidades em toda a Rússia cancelaram suas festividades, pela preocupação com a saúde dos veteranos e do público. Mas cidades-chave como Moscou seguiram em frente com o evento, parecendo até reduzir as restrições de isolamento para se preparar para o desfile.
Grandes reuniões de pessoas ainda estão proibidas pelo medo de que a doença se espalhe.
Veteranos testados
Na Praça Vermelha, funcionários do Kremlin (sede do governo russo) disseram ter testado todos os participantes da cerimônia para a covid-19.
Mais de 80 veteranos, alguns ladeando Putin nas arquibancadas do desfile, ficaram em quarentena por duas semanas em um sanatório da região de Moscou antes do desfile.
O público foi separado por assentos vazios.
Convidados importantes, como os líderes Xi Jinping, da China, e Emmanuel Macron, da França, cancelaram presença, tirando um pouco do brilho que o Kremlin esperava alcançar na diplomacia internacional com o aniversário da vitória soviética.
O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, que foi duramente criticado por realizar seu próprio desfile em 9 de maio, apesar da epidemia de coronavírus, estava acompanhado nas arquibancadas por seus dois filhos.
O líder sérvio Aleksandar Vucic bateu no peito quando uma delegação de soldados marchou pelo pódio.
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