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Johnson alerta para escassez de oxigênio em alguns hospitais do Reino Unido

Johnson alerta para escassez de oxigênio em alguns hospitais do Reino Unido - John Sibley/Reuters
Johnson alerta para escassez de oxigênio em alguns hospitais do Reino Unido Imagem: John Sibley/Reuters

11/01/2021 19h56

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse nesta segunda-feira que a pandemia no país está "em um momento perigoso" e alertou que um déficit de oxigênio está começando a ser registrado em alguns hospitais públicos.

Em declarações à imprensa durante visita a um centro de vacinação em Bristol, no sudoeste da Inglaterra, Johnson admitiu que o país enfrenta "uma dura batalha" diante do aumento das infecções de uma nova cepa mais transmissível, que deixou muitos hospitais quase lotados.

Embora duas milhões de pessoas já tenham sido vacinadas e o governo tenha criado sete centros de vacinação em massa hoje para impulsionar seu programa de imunização, é "uma corrida contra o tempo", disse ele.

"Todo mundo pode ver a pressão que o Serviço Nacional de Saúde britânico (NHS, na sigla em inglês) sofre, a demanda nas unidades de terapia intensiva, a pressão nos leitos ventilados, até a falta de oxigênio em alguns locais", declarou Johnson, que pediu para a população respeitar o confinamento.

Os chefes de várias autoridades de saúde alertaram que há pressão no fornecimento de oxigênio em alguns hospitais, à medida que aumenta o número de pacientes internados com Covid-19.

Hoje, a "BBC" informou que o departamento do NHS para os condados de Mid e South Essex (leste da Inglaterra) enviou uma carta ao Hospital Southend, naquela região, para "reduzir" a quantidade de oxigênio administrado aos pacientes, a fim de permitir uma gestão "mais eficiente".

"Chegamos a uma situação crítica com o fornecimento de oxigênio. É imprescindível que utilizemos o oxigênio de forma segura e eficiente", afirma no documento, que a emissora teve acesso.

A carta afirma que a meta de saturação de oxigênio no sangue deve estar entre 88% e 92% e os pacientes que apresentam acima de 92% devem ter seu suprimento de oxigênio reduzido "até que esteja dentro dessa faixa".

O documento garante que manter a saturação dentro dessa variação "é seguro" e nenhum paciente será prejudicado por isso.