Presidente argentino promete corrigir erros após escândalo da "vacinação VIP"
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, se referiu hoje, durante seu discurso de abertura das sessões extraordinárias do Congresso, à "obrigação de corrigir erros" na campanha de imunização contra o novo coronavírus, após o escândalo do fornecimento irregular de vacinas a pessoas ligadas ao poder.
"Nenhum governo da Terra pode conceder a si mesmo o privilégio de não cometer erros, mas todo governo sensato tem a obrigação de corrigir esses erros para banir qualquer sinal de privilégio e falta de solidariedade", disse o presidente argentino.
Fernández também falou sobre as medidas que tomou com "muita dor", como a demissão do ministro da Saúde, Ginés García González, e nomeação de Carla Vizzotti como nova titular da pasta.
"Quando se disse que essas regras foram violadas, fiquei encarregado de recolher as informações pertinentes, embora pessoalmente me causasse muita dor, tomei as decisões correspondentes", explicou.
Fernández reforçou que "as regras devem ser cumpridas" durante a campanha de vacinação, mas expressou preocupação com o atraso na entrega da Sputnik V, que é desenvolvida na Rússia.
"Desde o fim de dezembro, estamos recebendo em um ritmo menor do que entramos contratualmente em acordo as doses da vacina Sputnik V", disse o presidente argentino.
ESCÂNDALO DOS VIPs"
Na semana passada, foi revelado o escândalo conhecido no país como "vacinação VIP", pelo qual várias personalidades ligadas ao governo receberam a vacina, ignorando a ordem estabelecida, provocando a saída de Ginés González García do Ministério da Saúde, sendo substituído por Carla Vizzotti, até então Secretária de Acesso à Saúde.
O próprio governo divulgou uma lista de 70 pessoas que fizeram parte dessa vacinação irregular, entre eles o ex-presidente Eduardo Duhalde e a família dele, além de lideranças peronistas como Carlos Zannini e Daniel Scioli.
A Argentina, terceiro país da América Latina com o maior número de casos do novo coronavírus depois do Brasil e da Colômbia, já registra mais de 2,1 milhões de infectados e 51 mil mortes por covid-19.
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