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ONU pede à Nicarágua liberação de líderes de oposição detidos

17.dez.2020 - O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, apontou a necessidade da Nicarágua restabelecer seus direitos políticos  - Michael Sohn/Pool/AFP
17.dez.2020 - O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, apontou a necessidade da Nicarágua restabelecer seus direitos políticos Imagem: Michael Sohn/Pool/AFP

Da EFE

10/06/2021 05h33Atualizada em 10/06/2021 07h23

O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou nesta quarta-feira para que a Nicarágua liberte os líderes da oposição detidos e restabeleça seus direitos políticos.

"O secretário-geral está muito preocupado com as recentes prisões e detenções, bem como com a invalidação de candidaturas de líderes da oposição na Nicarágua", declarou o porta-voz de Guterres, Stephane Dujarric, entrevista coletiva.

Segundo Dujarric, o chefe da ONU acredita que esses eventos podem "minar seriamente a confiança no processo democrático antes das eleições gerais de novembro" e vê a necessidade de um amplo acordo para uma participação "confiável e inclusiva" no pleito. Guterres também pediu para autoridades nicaraguenses respeitarem suas obrigações internacionais quanto aos direitos humanos.

As Nações Unidas reagiram dessa forma às prisões de quatro opositores e outras figuras que se pronunciam contra o governo do presidente Daniel Ortega.

A Polícia Nacional anunciou na noite de ontem a prisão de Juan Sebastián Chamorro García sob a acusação de "incitar a interferência estrangeira nos assuntos internos".

Chamorro García, sobrinho do ex-presidente nicaraguense Violeta Barrios de Chamorro, tornou-se o quarto pré-candidato à Presidência a ser investigado e preso nos últimos dias.

A primeira a ser presa foi Cristiana Chamorro, prima de Juan Sebastián, filha de Violeta e figura da oposição com maior chance de desbancar Ortega. Após a sua prisão, o secretário-geral da ONU já havia expressado publicamente sua preocupação.

Arturo Cruz, que foi o embaixador de governo Ortega nos Estados Unidos entre 2007 e 2009, e o ativista Félix Maradiaga também foram detidos.