Canadá sanciona filha de Daniel Ortega e 14 outras autoridades nicaraguenses
O Canadá anunciou nesta quarta-feira a imposição de novas sanções contra 15 altos funcionários do regime da Nicarágua, incluindo a filha do presidente Daniel Ortega, Camila Ortega Murillo, "em resposta às violações dos direitos humanos" no país centro-americano.
Os 15 indivíduos já haviam sido punidos nos últimos meses pelas autoridades dos Estados Unidos. A medida adotada pelo governo canadense impede que seus cidadãos — pessoas ou instituições — façam negócios com os integrantes desta lista.
A lista inclui o ministro da Fazenda, Iván Acosta; o presidente do Banco Central da Nicarágua, Leonardo Reyes, e a procuradora-geral da República, Ana Julia Guido, além de autoridades políticas, policiais e militares.
O Ministério das Relações Exteriores canadense observou em um comunicado que desde 2018 "o governo da Nicarágua tem cometido violações flagrantes e sistemáticas dos direitos humanos contra sua população, incluindo campanhas de repressão e violência patrocinadas pelo Estado contra manifestantes e a repressão de qualquer oposição política".
O Canadá acrescentou que, apesar dos pedidos da comunidade internacional, o governo do presidente Ortega "se recusou a implementar reformas significativas para assegurar que seu povo possa ter eleições livres e justas em novembro de 2021" e, em vez disso, "aumentou seus ataques contra os direitos civis e políticos".
O chanceler canadense, Marc Garneau, afirmou que o país está apoiando os pedidos do povo nicaraguense por "um futuro justo e pacífico, alicerçado no respeito fundamental pelos direitos humanos, pela liberdade dos meios de comunicação e pelo direito de voto em eleições livres, justas e transparentes".
Garneau acrescentou que o Canadá solicita às autoridades nicaraguenses "que libertem os detidos injustamente e respeitem a lei e as obrigações internacionais de direitos humanos".
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