OMS aponta situação 'muito preocupante' na Europa com alta nos casos de covid
A Organização Mundial da Saúde (OMS) indicou nesta segunda-feira ser "muito preocupante" a alta no número de casos do novo coronavírus registrada nas últimas semanas na Europa, situação que estaria sendo agravada pelo baixo índice de vacinados em grupos prioritários em alguns países do continente.
De acordo com a agência, o aumento na quantidade de positivos é uma consequência da presença da variante delta, que é mais contagiosa; com o relaxamento das restrições e com o aumento no número das viagens internacionais.
"Devemos ser firmes em manter as múltiplas linhas de proteção, incluindo a vacinação e as máscaras. As vacinas são o caminho para reabrir as sociedades e estabilizar as economias", disse o diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge, em entrevista coletiva.
De todos os 53 países que compõem a Europa, 33 registraram uma alta de 10% na incidência acumulada nos últimos 14 dias, enquanto outros estão tendo aumento na quantidade de internações e nas mortes.
Desde o início da pandemia, o continente contabilizou 46 milhões de casos de infecção pelo novo coronavírus e 1,3 milhões de mortes por covid-19.
Kluge afirmou que quase a metade da população europeia completou o esquema de vacinação, mas lamentou que, nas últimas seis semanas, o processo ficou mais lento por falta de acesso aos imunizantes em vários países e também pela falta de aceitação em outros.
"Há uma clara necessidade de aumentar a proteção, dividir doses e melhorar o acesso às vacinas dos estados-membros, para poder oferecer uma série completa de imunização para a população", afirmou o diretor da OMS para a Europa.
Além disso, a agência reforçou o apelo para que os governos abram as escolas para as crianças estudarem presencialmente no ano letivo de 2021-2022, pedindo a aplicação de medidas de prevenção ao risco de contágio do novo coronavírus.
A OMS pede, por exemplo, que seja oferecida a possibilidade dos professores e demais funcionários das escolas serem vacinados, assim como os alunos com mais de 12 anos, que sofram com alguma comorbidade.
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