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3ª dose de vacina contra covid-19 não é 'luxo', diz braço europeu da OMS

A dose de reforço agora, para o OMS, causaria mais desigualdade entre países pobres e ricos - Dado Ruvic/Reuters
A dose de reforço agora, para o OMS, causaria mais desigualdade entre países pobres e ricos Imagem: Dado Ruvic/Reuters

30/08/2021 11h54

Uma terceira dose de reforço de vacinas contra covid-19 são uma maneira de manter os mais vulneráveis em segurança, e "não um luxo", disse o braço europeu da OMS (Organização Mundial da Saúde) nesta segunda-feira.

No início deste mês, a OMS disse que dados não indicam a necessidade de doses de reforço e que voltar a inocular pessoas já vacinadas aumentaria a defasagem de vacinas entre países ricos e de renda mais baixa.

"Uma terceira dose de vacina não é um reforço de luxo (que é) tirado de alguém que ainda está esperando uma primeira dose. É basicamente uma maneira de manter os mais vulneráveis em segurança", disse Hans Kluge, chefe da OMS Europa, em uma entrevista coletiva.

"Temos que ser um pouco cuidadosos com a dose de reforço, porque ainda não há indícios suficientes", disse.

"Mas cada vez mais estudos mostram que uma terceira dose mantém pessoas vulneráveis em segurança, e isto é feito cada vez em mais países de nossa região."

Kluge pediu que países europeus com excedentes de vacinas as compartilhem com outros, particularmente aqueles do leste da Europa e da África.

Um aumento das taxas de transmissão da covid-19 em toda a Europa nas últimas duas semanas, somado aos níveis baixos de vacinação em alguns países, é "profundamente preocupante", disse ele.