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EUA: Pai de vítima de tiroteio em escola interrompe Biden durante evento de assinatura de lei sobre armas

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, teve seu discurso interrompido por Manuel Oliver, pai de Joaquin Oliver, uma das vítimas do ataque a tiros ocorrido em 2018 em uma escola da cidade de Parkland, na Flórida - Reprodução/YouTube/CBS Miami
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, teve seu discurso interrompido por Manuel Oliver, pai de Joaquin Oliver, uma das vítimas do ataque a tiros ocorrido em 2018 em uma escola da cidade de Parkland, na Flórida Imagem: Reprodução/YouTube/CBS Miami

Da EFE

11/07/2022 22h39Atualizada em 11/07/2022 23h40

O pai de uma das vítimas do ataque a tiros ocorrido em 2018 em uma escola da cidade de Parkland, no estado da Flórida, interrompeu nesta segunda-feira o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante um evento na Casa Branca para a assinatura de um projeto de lei de controle de armas pactuado entre políticos dos partidos Democrata e Republicano.

Manuel Oliver, pai de Joaquin Oliver, levantou-se na audiência para criticar o presidente, alegando que a iniciativa é insuficiente para acabar com a violência armada nos EUA.

"Sente-se. Ouça o que eu tenho a dizer. Deixe-me terminar meu discurso", respondeu Biden.

Diante da insistência de Oliver, o serviço de segurança o retirou do local.

Biden defendeu que a nova lei "representa um progresso real" e "salvará vidas", mas admitiu que "ainda há muito a ser feito". Ele pediu a proibição da venda a civis de fuzis de assalto, comumente usados em ataques a tiros em larga escala, e prometeu "não parar" até que isso aconteça.

O massacre que aconteceu em 24 de maio em uma escola na cidade de Uvalde, no estado do Texas, que causou a morte de 19 crianças e duas professoras, reabriu o debate sobre a posse de armas no país. A cúpula democrata é favorável a um maior controle sobre a venda de armas, mas há resistência de muitos políticos republicanos.

Em junho, ambos os partidos aprovaram uma nova lei de controle de armas no Congresso que não tem grande impacto, mas é considerada a maior iniciativa desse tipo em três décadas.

A lei inclui uma revisão do processo de compra de armas para menores de 21 anos e estende as chamadas leis de "bandeira vermelha" a todo o país, permitindo um procedimento legal para confiscar as armas de fogo daqueles que representam um perigo para os outros ou para si mesmos, entre outras medidas.