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Putin rebate crítica e diz que Rússia não vai recuar décadas em desenvolvimento

Presidente Vladimir Putin diz que Rússia não vai retroceder décadas em desenvolvimento após sanções por guerra - GETTY IMAGES
Presidente Vladimir Putin diz que Rússia não vai retroceder décadas em desenvolvimento após sanções por guerra Imagem: GETTY IMAGES

Do UOL, em São Paulo

18/07/2022 14h24Atualizada em 18/07/2022 14h24

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta segunda-feira que as sanções ocidentais não a farão recuar décadas em seu desenvolvimento, ao contrário do que foi dito por alguns dos que a impuseram, e enfatizou que é impossível isolar o país.

"É evidente que não podemos nos desenvolver isolados do mundo inteiro. Mas não será assim. No mundo de hoje, é impossível construir um muro enorme com um bússola. É simplesmente impossível", disse Putin em uma reunião por teleconferência do conselho para o desenvolvimento estratégico e projetos nacionais.

Ele enfatizou que, contra a Rússia, "não apenas as restrições, mas praticamente o fechamento total do acesso a produtos estrangeiros de alta tecnologia está sendo usado intencionalmente hoje".

Segundo Putin, essas são tecnologias que têm um caráter global e que no mundo de hoje são a base do desenvolvimento de qualquer país.

"É exatamente aqui que eles estão tentando colocar obstáculos no caminho do desenvolvimento de nosso país, mas não vamos desistir, nem vamos perder nosso caminho ou, como algumas pessoas 'bem-intencionadas' estão prevendo, recuar décadas. Certamente não", ressaltou.

O presidente russo acrescentou que, levando em consideração o "colossal volume de dificuldades" que o país enfrenta, novas soluções serão intensamente buscadas e "avanços tecnológicos soberanos" e os produtos das empresas inovadoras nacionais serão utilizados de forma eficaz.

Ele apelou para a criação de mecanismos financeiros para empresas russas em rápido crescimento a fim de levantar capital nacional para seu desenvolvimento.

"Vamos dizer francamente, o sistema financeiro russo não estava pronto para fornecer meios às empresas que não têm ativos ou grandes lucros, mas um grande potencial de crescimento", disse o chefe do Kremlin.

Entre esses, ele mencionou a Ozon, uma das primeiras empresas russas de comércio eletrônico, que no ano passado vendeu cerca de US$ 8,65 bilhões em mercadorias.

"Estas nossas empresas costumavam utilizar ativamente as instituições financeiras ocidentais, com as quais existem dificuldades hoje em dia. Agora não temos acesso a elas", disse.

O presidente russo afirmou que os principais participantes em projetos nacionais são as grandes corporações nacionais e destacou o progresso do Sberbank, o maior banco do país, no campo da inteligência artificial; das Ferrovias Russas, em comunicações quânticas; e da Rosatom em materiais compostos.